Artigos da RBSO analisam diferentes situações de riscos ocupacionais

No volume 44 (2019) da Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, periódico cientifico da Fundacentro, três artigos ganham destaque ao discutir a relação saúde-trabalho entre profissionais de segurança pública, trabalhadores com esquizofrenia e pacientes com síndrome coronariana aguda.

Trabalho policial

No Brasil, 41.817 pessoas foram mortas por armas de fogo em 2015, de acordo com dados do Atlas da Violência publicado pelo IPEA. Mas, e os profissionais designados para proteger a sociedade, como esses trabalhadores são vitimados quando o assunto é uso de armas?

O artigo “Ferimentos por arma de fogo em profissionais de segurança pública e militares das forças armadas: revisão integrativa” traz comparações importantes sobre taxas de acidentes fatais no trabalho entre profissionais da segurança pública no Brasil e nos Estados Unidos.

Pesquisadores do Departamento Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli, da Fiocruz, realizaram vasta revisão bibliográfica em agosto de 2017, incluindo bases de dados como Lilacs, SciELO, PubMed e outras, de forma a verificar como se dá a ocorrência de ferimentos por armas de fogo (FAF) entre os trabalhadores da segurança pública.

Fatores como hierarquia rígida, exigência de disciplina, cansaço físico, relação desgastada do policial com a sociedade, elevados níveis de criminalidade, e grande quantidade de armas de fogo em circulação, resultam em um cenário de elevado estresse entre policiais, além de lesões fatais e/ou incapacitantes causadas por projétil de arma de fogo.

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Esquizofrenia

“Experiência laboral e inclusão social de indivíduos com esquizofrenia”, apresenta um estudo que buscou compreender como trabalhadores percebem suas experiências laborais. Os autores identificaram estratégias eficazes de inserção desses indivíduos no trabalho, as que levam em consideração as especificidades da doença, os fatores estressantes relacionados às atividades exercidas e os interesses e potenciais desses trabalhadores.

Outros aspectos apontados pelos pesquisadores como estratégias complementares positivas são a participação ativa da família no processo de inserção, a adoção de métodos, pelas empresas, que facilitem o aprendizado e o desempenho funcional desses profissionais e oferecer ao trabalhador oportunidades que estejam inseridas em uma política corporativa inclusiva.

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Reabilitação

Segundo a Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de óbito no mundo. Esse número se torna ainda mais representativo em populações que habitam países de baixa renda, mais vulneráveis e com menor acesso ao atendimento médico e serviços de saúde.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Faculdade de Enfermagem, analisam como aspectos socioeconômicos, clínicos, psicossociais e ocupacionais influenciam na reintegração ao trabalho de profissionais afetados por Síndrome Coronária Aguda (SCA).

No artigo “Retorno ao trabalho de pacientes com Síndrome Coronariana Aguda”, os autores propõem intervenções e sugerem pesquisas que possam influenciar no desempenho profissional e no tempo de retorno ao trabalho desses indivíduos.

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(Fonte: Fundacentro)

Por |2019-11-21T15:02:23-03:0021 de novembro de 2019|Ensino e formação|