A edição revisada do livro “Orientações Básicas para Controle da Exposição Dérmica a Produtos Químicos” está disponível em formato digital na Biblioteca da Fundacentro. Esta é a quarta publicação da série “Avaliação Qualitativa de Riscos Químicos”, que também traz produções voltadas para fundições, gráficas e uma edição com orientações básicas para o controle da exposição a produtos químicos de forma geral.
Na avaliação da autora, Marcela Gerardo Ribeiro, tecnologista da Fundacentro e doutora em Química pela USP (Universidade de São Paulo), o material elaborado é autoexplicativo e baseado no conceito conhecido como “control banding”, que categoriza danos, exposição, riscos e controles em faixas. Os manuais foram desenvolvidos para facilitar a recomendação de ações preventivas, “sem esperar por avaliações complexas e dispendiosas”. Permitem, assim, “tomadas de decisão quanto à exposição e controle, mesmo em situações não óbvias”.
A publicação é dividida em três partes. A primeira apresenta a estrutura básica da ferramenta para auxiliar na análise e no gerenciamento dos riscos à saúde decorrentes da exposição dérmica ocupacional aos produtos químicos perigosos, suas características e limitações. A segunda traz o instrumento de coleta de dados, no qual o usuário pode registrar a avaliação realizada, e a terceira apresenta as fichas-resumo, em que podem ser colocadas o resumo da avaliação.
Exposição e controle
Segundo o livro, “o usuário é conduzido ao resultado através de uma série de perguntas relativas às propriedades dos produtos químicos, que auxiliarão na categorização do perigo em uso, e às condições de trabalho, que determinarão a exposição. Os resultados, por sua vez, são apresentados em categorias de perigo e exposição que permitem uma estimativa aproximada do risco à saúde decorrente da exposição dérmica”.
Para tanto, consideram-se três principais rotas de exposição, que contribuem em proporções distintas para a exposição dérmica em função da atividade realizada: deposição, sobre o corpo, de um produto disperso no ar; contato direto da pele com produto químico; contato por meio de superfícies contaminadas.
“A exposição estimada pode ainda ser modificada (aumentada ou reduzida) em função das propriedades físico-químicas dos produtos, da existência ou ausência de controles de engenharia e dos procedimentos operacionais adotados”, explica Marcela. “O manual conduz o leitor de modo a ter o valor estimado da exposição”, completa.
“Se o perigo, a exposição ou o risco avaliados mostraram-se inaceitáveis, a ferramenta sugere ações de controle para reduzir o perigo (por substituição dos produtos) ou para reduzir a exposição (controles de engenharia, reestruturação organizacional, EPI e capacitação pessoal)”, conclui a autora.
Fonte: Fundacentro