Livro da Fundacentro aborda saúde no trabalho em educação

A Fundacentro publicou, no final de 2018, a obra “Caderno de formação: saúde no trabalho em educação”, que está disponível para download gratuito no portal da instituição. O livro contou com a organização de Cristiana Mara Bonaldi, Cristiane Bremenkamp Cruz e José Agostinho Correia Junior e a coordenação de Liliane Graça Santana e Maria Angela Pizzani Cruz.

Os textos da obra trazem subsídios para a discussão e implementação de ações voltadas à promoção da saúde no trabalho em educação. Um dos objetivos é formar profissionais membros de Comissões de Saúde de Trabalhadores em Educação.

“Pretendemos, por meio da criação de Comissões de Saúde do Trabalhador da Educação (Cosates), que se constituem como comissões em local de trabalho, estimular a ampla produção de estratégias de enfrentamento aos riscos no trabalho na área da Educação, bem como a potencialização de práticas produtoras de saúde entre seus profissionais”, afirma o prefácio da Publicação.

Para tanto, apostou-se na construção de um material coletivo, que pudesse dialogar com os diferentes modos de existir em ambientes de trabalho, problematizando a realidade na busca de novos caminhos. Reúne-se, assim, a experiência sustentada por diferentes instituições, entidades e representantes civis na construção de fórum de discussão sobre a relação entre saúde e trabalho no ambiente escolar desde 2012, que tem ajudado a constituir Cosates nas escolas.

“Uma de nossas apostas foi afirmar o trabalhador na educação como sujeito ativo que luta contra os processos de adoecimento nos ambientes laborais. Esses micromovimentos emergem no cotidiano, na medida em que constituímos espaços propícios de discussão sobre os processos de trabalho coletivamente. Trata-se de produzir outras relações com os companheiros e com os espaços onde estamos inseridos e exercitamos nossos trabalhos”, afirmam Cristiana Mara Bonaldi, Cristiane Bremekamp Cruz e José Agostinho Correia Junior.

Estrutura da obra

O livro está dividido em sete partes. A primeira é a “Apresentação de um caderno por vir”, escrita por Bonaldi, Cruz e Correia Junior. Em seguida seguem artigos denominados entradas. “Conversas preliminares: sobre a importância de pensar uma política de atenção à saúde do trabalhador na educação” é o primeiro deles, de autoria de Jaddh Yasmin Malta Cardoso, Janaína Mariano César e Maria Elizabeth Barros de Barros.

Segue-se a Entrada “Produção de saúde”, que apresenta o tema “O trabalho como gestão na saúde: um caminho para produzir saúde”, escrito por Janaína Madeira Brito, Jésio Zamboni e Ueberson Ribeiro Almeida. Já a Entrada “Luta dos trabalhadores”, de Alini Gusmão do Rosário, Ellen Horato do Carmo Pimentel, Fabricio Oliveira dos Santos, Magda Ribeiro de Castro e Max Dias, apresenta os percursos de histórias e lutas desses sujeitos.

As outras quatro Entradas abrangem formação, redes, vigilância em saúde e o relato da experiência do Cosate e do Fórum que deu origem a esse tipo de comissão. Assim Carmen Debenetti, Danuza Fonseca e Suzana Maria Gotardo escrevem sobre “Como fazer da formação uma experimentação de saúde?”. Clever Manolo Coimbra de Oliveira, Hevarcy Brito e Jomar Zahn abordam o tema “Fazer conexão, comunicação: o trabalho e a escola em rede”. Alexandre Custódio Pinto, Liliane Graça Santana, Luzimar dos Santos Luciano e Maria Angela Pizzani Cruz falam sobre “Vigilância em saúde do trabalhador: desafios para a produção de saúde nos locais de trabalho”. Por fim, a equipe de autores se une para fazer o texto que finaliza o livro: “Experiência Cosate: as pegadas frescas de uma caminhada”.

Os envolvidos

Essa obra é fruto da ação conjunta da Fundacentro/ES, do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do Espírito Santo (Cerest/ES) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Subjetividades e Políticas/Programa de Formação e Investigação em Saúde do Trabalho/Ufes (Nepesp/Pfist).

Faz parte dos trabalhos desenvolvidos pelo Fórum pró-Comissões de Saúde dos Trabalhadores da Educação (Cosate), que conta com a participação, além das já citadas instituições, do Ministério Público do Espírito Santo (MP/ES), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), do Conselho Municipal de Educação de Serra (CME/Serra), da Divisão de Medicina e Segurança do Trabalho da Prefeitura de Serra e por profissionais de escolas municipais e de outros órgãos vinculados à Secretaria Municipal de Educação de Serra no Estado do Espírito Santo.

(Fonte: Fundacentro)

Por |2019-01-16T11:46:07-02:0016 de janeiro de 2019|Saúde no trabalho|