AEAT 2017: Previdência divulga acidentes de trabalho durante reunião em Brasília

Diferente das edições anteriores, neste ano, o Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho 2017 (AEAT) foi lançado antes do AEPS (Anuário Estatístico da Previdência Social) 2017. O lançamento dos dados de acidentes de trabalho no país ocorreu durante a reunião do Conselho Nacional de Previdência, em Brasília/DF, no último dia 27 de setembro. O documento destacou que os acidentes de trabalho em todo o Brasil caíram 6,2%, em comparação ao ano anterior. Sendo que em 2017 ocorreram 549.405 acidentes contra 585.626 em 2016.

De acordo com a Secretaria de Previdência, é possível verificar que a redução do número de acidentes de trabalho em 2017, segue tendência compatível com os anos anteriores, em especial quando o dado é relacionado ao número de segurados empregados. Isso porque houve queda de 2,66% no número de contribuintes empregados em 2017 em relação ao ano anterior. Os dados de 2016 que já haviam sido publicados no AEPS no início deste ano, foram revisados e republicados no AEAT 2017.

A queda também apareceu no número total de acidentes com CAT (Comunicação de Acidentes de Trabalho) registrada. Em 2017 foram 450.614 acidentes, sendo 5,8% a menos do que em 2016. Isso também aconteceu com os acidentes sem CAT, que ficaram em 98.791, tendo uma redução de 8,2% em comparação a 2016.

Os dados ainda mostram que o total de acidentes típicos reduziu 4,3%, passando de 355.560 em 2016 para 340.229 em 2017. Nos acidentes de trajeto o percentual de redução foi 7,2%, pois em 2017 aconteceram 100.685 casos. Um dos maiores percentuais de queda foram os casos de doenças ocupacionais com 30,3%. Isso porque em 2017 foram registrados 9.700 casos contra 13.927 em 2016.

Liquidados

Ainda conforme os dados do AEAT, houve queda de 5,2% na quantidade de acidentes liquidados em 2017. Esse percentual representa 31.599 acidentes liquidados a menos do que os liquidados em 2016. Também houve diminuição de 8,4% no número de mortes no trabalho, com 2.096 óbitos em 2017 contra 2.288 em 2016.

Os únicos casos que aumentaram os números foram os liquidados de assistência médica que subiram 5,3%, passando de 96.445 em 2016 para 101.515 em 2017, e o total de afastamento por menos de 15 dias, que aumentou 2,3%, o que representa 7.162 casos a mais em 2017. Os total de afastamentos por mais de 15 dias, diminuiu 22,4%, sendo que em 2017 foram 142.782 contra 184.091, em 2016. E, o total de incapacitados permanentes reduziu 15,5%, diminuindo 2.330 casos, pois em 2017 foram registrados 12.651 contra 14.981 em 2016.

Outro dado importante divulgado são as seis atividades em que mais ocorreram acidentes de trabalho em 2017. Em primeiro lugar estão as atividades de atendimento hospitalar, totalizando 53.524 acidentes; em segundo, o comércio varejista de mercadorias em geral, com 21.332; em terceiro, a administração pública em geral, com 16.917; em quarto, o transporte rodoviário de carga, com 12.729; em quinto lugar, as atividades de Correio, com 12.580 acidentes; e, em sexto, o abate de suínos, aves e pequenos animais, com 10.492. Conforme a Secretaria de Previdência, o conjunto dessas seis atividades representa 23,2% do total de acidentes de trabalho em 2017. É importante salientar também que o Transporte Rodoviário de Cargas foi a atividade econômica que registrou maior número de óbitos, com 252 casos. E, a Construção de Edifícios, por sua vez, apresentou maior número de casos de invalidez permanente, com 364 registros.

(Fonte: Revista Proteção)

Por |2018-10-02T15:46:22-03:002 de outubro de 2018|Saúde no trabalho|