Avaliação de um programa regular de atividade física sobre os custos médico-hospitalares de uma empresa de serviços de saúde

RESUMO

INTRODUÇÃO: O efeito protetor da prática regular de atividade física na redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis e dos custos médico-hospitalares é bem estabelecido na literatura. No entanto, o Brasil carece de estudos que avaliem os impactos financeiros de programas que incentivem a prática de atividade física no trabalho.

OBJETIVOS: Avaliar o impacto financeiro de um programa de incentivo à prática regular de atividade física sobre os custos médico-hospitalares de uma empresa privada de serviços de saúde.

MÉTODOS: Os custos médios per capita com o plano de saúde da empresa foram acompanhados por um ano e comparados no que diz respeito aos trabalhadores que praticaram atividade física com frequência suficiente e os que não aderiram ao programa. Os pares de comparação foram homogeneizados de acordo com a idade, o sexo e o tempo de empresa.

RESULTADOS: Dos 3.744 trabalhadores com acesso ao programa, apenas 80 praticaram atividade física 2 vezes por semana ou mais. O custo médio per capita foi R$ 2.874 (DP=5.259) em 1 ano, R$ 125,00 a mais do que para os que não praticaram (p=0,88). Aqueles que praticaram atividade física 3 vezes ou mais por semana (n=32) apresentaram custo médio per capita de R$ 3.635 (DP=6.994) em 1 ano, R$ 1.901 a menos do que os pares que não praticaram (p=0,34).

CONCLUSÕES: O estudo não permite afirmar que houve redução dos custos médico-hospitalares dos participantes do programa. Maior tempo de seguimento e ajustes no desenho do projeto são necessários para avaliar seu impacto.

Palavras-chave: promoção da saúde; custos de cuidados de saúde; ambiente de trabalho; doenças crônicas não transmissíveis.

Leia o artigo na íntegra no site da Revista Brasileira de Medicina do Trabalho.

 

Por |2018-08-14T13:05:13-03:0014 de agosto de 2018|Artigos|