No RS, maiores vítimas de acidentes de trânsito no trabalho são caminhoneiros

Os caminhoneiros do Rio Grande do Sul são os que mais morrem por acidentes de trânsito relacionados ao trabalho no estado. Os dados são de um levantamento inédito realizado pelo Ministério da Saúde com os dados dos Sistemas de Informação de Agravo e Notificações (SINAN) e do de Mortalidade (SIM). O estudo apontou 188 óbitos dos trabalhadores de caminhões, entre os anos de 2007 e 2016. Contando com todos os tipos de transportes, Rio Grande do Sul registrou 939 mortes no mesmo período. Para chegar a esta constatação, foram considerados os acidentes ocorridos quando o trabalhador tem uma função que envolve locomoção ou quando estava indo ou voltando do local de trabalho.

Em onze anos, o número de notificações de acidentes de transporte relacionados ao trabalho, no Rio Grande do Sul, foi de 2.758. Os anos de 2013 (638) e 2016 (581) foram os que apresentaram os maiores números de notificações para um único ano. Em 2017, os índices caíram 35,2% no estado, sendo registrados 376 acidentes quando comparados ao ano de 2016.

Em toda a região Sul, foram registradas 4.263 mortes, sendo 873 de motociclistas e 805 de motoristas de carros – as maiores vítimas. Quando falamos em acidentes, a região Sul foi a quarta com maior número de registros. Foram 16.425 acidentes entre os anos de 2007 e 2016, tendo o seu pico nos de 2015 (2.899) e 2016 (3.379). Em 2017, a região teve redução de 41,7% nas notificações, com 1.967 registros quando também comprado ao ano anterior.

No Brasil, o estudo trouxe que, oito em cada 10 acidentes de trânsito relacionados ao trabalho foram sofridos por homens. Por faixa etária, os jovens com idades entre 18 e 29 anos foram as maiores vítimas (40,1%) e quase metade desses acidentes ocorreram nos estados da região Sudeste (47,5%). Quando falamos em lesões, o Sinan registrou que 22,5% delas foram ocorridas em membros inferiores e 15,7% nos superiores. Desses acidentes, 63% evoluíram para incapacidade temporária.

O coeficiente de mortalidade, no Brasil, por acidentes de transporte relacionados ao trabalho foi de 1,5 óbito a cada 100 mil. Entre os estados, destacam-se Rondônia (4,9), Mato Grosso (4,3), Paraná (3,2) e Santa Catarina (3,1). De acordo com o Ipea, essas regiões possuem fatores que contribuem para esse destaque como maior produto interno bruto (PIB), maior concentração de riquezas, de número de veículos motorizados e de viagens refletem no maior volume de tráfego e de acidentes nesses estados.

(Fonte: Ministério da Saúde)

Por |2018-08-06T11:31:25-03:006 de agosto de 2018|Saúde no trabalho|