A ANAMT realizou nesta quarta-feira (21/03), em parceria com o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), a Reunião Científica que teve como tema “Resolução CFM Nº1488/1998: 20 anos depois, o que deve avançar e o que deve ser preservado?”. O evento reuniu especialistas para debater a resolução no auditório do Cremesp, mesma entidade que, há mais duas décadas, elaborou a Resolução Nº76/1996 – considerado o embrião da 1488.
Considerada uma adiante de seu tempo, a 1488 é importantíssima para médicos que atendem trabalhadores e delineia uma série de procedimentos seguidos por profissionais de saúde. No entanto, o desafio agora é saber como atualizá-la frente aos novos tempos.
“A riqueza do evento de ontem mostra a importância do diálogo e do debate ampliado para avançarmos nos assuntos relacionados à saúde do trabalhador, mesmo quando temas desafiadores como autonomia e sigilo estão em pauta”, afirmou a presidente da ANAMT, Marcia Bandini. “A ANAMT cumpriu bem seu papel de liderança e a participação dos debatedores contribuiu para o amadurecimento de ideias que serão enviadas ao CFM em forma de relatório”.
Ela também agradeceu o apoio do Cremesp, em especial do presidente Lavínio Camarim, e das entidades parceiras da ANAMT, como a Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas (ABMLPM), Fundacentro e Sociedade Brasileira de Bioética.
Ao longo do debate, Lavínio Camarim alertou que a discussão sobre a 1488 ganha contornos ainda mais complexos em vista da polarização política que vive o país. “O clima de polarização política entre esquerda e direita tem contaminado vários debates importantes no país”, observou Lavínio. “Nós, como médicos, devemos ser isentos e não podemos nos deixar contaminar por isso. Não porque o médico está acima dos demais por alguma razão, mas porque nosso compromisso é com a vida”.
Debate disponível para associados da ANAMT
O vídeo da reunião científica está disponível neste link.