Mais de 70% das jornalistas brasileiras sofrem assédio moral, revela pesquisa

Mais de 70% das jornalistas brasileiras sofrem assédio moral, revela pesquisa

Data: 19 de junho

Casos de assédio moral e machismo têm ganhado destaque recentemente na cobertura de veículos de imprensa de todo o país e os temas estão se tornando cada vez mais debatidos. Dentro das redações e assessorias de imprensa, muitas vezes quem faz a notícia também é vítima. De acordo com o levantamento “Desigualdade de Gênero no Jornalismo”, realizado pelo Coletivo das Mulheres do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJPDF), 77,9% das entrevistadas relataram ter sofrido algum tipo de perseguição por parte de colegas ou chefes diretos.

mais-de-70-das-jornalistas-brasileiras-sofrem-assedio-moral-diz-pesquisaMais de 70% das participantes também afirmaram que já deixaram de ser designada para uma pauta pelo fato de ser mulher. O estudo ainda ponta que 61,5% das jornalistas já vivenciaram situações em que, apesar de exercerem a mesma função do colega de trabalho, receberam menos do que ele. Elaborada para analisar também a incidência de casos de racismo e preconceito nos locais de trabalho, a pesquisa contou com a participação online de 535 pessoas de vários estados do país entre os meses de março e maio.

“Além da disparidade salarial, enfrentamos, ainda, os assédios moral e sexual, ambos fruto da cultura machista da sociedade patriarcal. Sem falar no racismo, que é um agravante para as trabalhadoras negras. O Sindicato, juntamente com o seu Coletivo de Mulheres Jornalistas, está atento a esses desafios e não medirá esforços na luta para tentar reverter esse cenário. Precisamos avançar, urgentemente, nessa pauta”, afirma a coordenadora-geral do SJPDF, Leonor Costa.

(Fonte: Comunique-se)

Por |2016-06-27T16:09:48-03:0027 de junho de 2016|Notícias|