Data: 28 de abril
Excesso de trabalho, alta rotatividade no mercado e competitividade são algumas das origens do estresse, que tem trazido riscos psicossociais ao trabalhador. Cientes de que a saúde mental é tão importante quanto a física, a Fundacentro, em parceria com o Sinduscon-DF, realizou, na manhã desta quinta-feira (28), no auditório do sindicato, uma palestra sobre o estresse. O evento foi em alusão ao Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho celebrado hoje e trouxe, ainda, um debate sobre a Norma Regulamentadora (NR) nº 12.
O diretor regional da Fundacentro, Peniel Pacheco, deu abertura ao evento e destacou que a discussão acerca do estresse é interessante porque não trata apenas das questões de saúde e segurança visíveis. “Tem a ver com as causas imperceptíveis. é um tema que fala além da questão física do ambiente de trabalho”, acrescentou.
Segundo o diretor de Política e Relações Trabalhistas do Sinduscon-DF, Izidio Santos, as empresas são muito demandadas depois que acontecem os acidentes. “A entidade investe em cursos e eventos para que elas estejam preparadas”, afirmou. Segundo ele, a ideia é discutir as causas para reforçar a prevenção e evitar consequências de uma auditoria ou uma ação regressiva.
A saúde não é só a ausência de doenças, mas o bem-estar físico, psíquico e espiritual. Foi o que revelou o palestrante e psiquiatra Antônio Santana durante sua explanação. Para ele, deve haver equilíbrio para evitar doenças relacionadas ao estresse. “Temos que sempre nos lembrar que a saúde é o nosso único bem real”, ressaltou. Na ocasião, Santana destrinchou acerca da origem, conseqüências e fatores que contribuem para o estresse.
Um outro tema discutido durante o evento foi a NR 12, que trata sobre Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. A questão foi abordada por Almir Chaves, representante da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-DF), que considera as normas regulamentadoras a principal ferramenta para lutar a favor da SST. Ele ainda ressaltou a importância da elaboração de maneira tripartite. “São as três situações – empregados, empregadores e governo – colocadas de maneira que uma entenda o ponto de vista da outra e haja um consenso”, disse.
Chaves destacou a relevância das empresas contarem com máquinas que atendam à NR 12. Ele apresentou um exemplo de um supermercado de Brasília que contava com equipamentos velhos, sujos e que não atendiam à norma. “O problema, neste caso específico, traz riscos não só aos trabalhadores como também aos consumidores”, explicou.
O sindicato ressalta que ainda há impasses relacionados a norma. “Se você quiser comprar, alugar ou importar uma máquina de um país europeu, ela não se adequa à NR 12”, exemplificou o diretor Izidio Santos. Ele acrescentou que para quem está na ponta – empresário – não há segurança de utilizar uma máquina que atenda a norma. “O fabricante garante que sim e o auditor fiscal diz que não”, frisou. O Sinduscon-DF reforça a importância de discutir o texto de forma que ele se torne aplicável.
O evento também contou com a presença da auditora fiscal Nilza Pires; do chefe do serviço técnico da Fundacentro, Dionísio Leone; do diretor do Sindicato dos Trabalhadores (STICMB) João Barbosa; do representante do SRTE-DF André Luiz Grandizoli; bem como de técnicos e engenheiros de Segurança no Trabalho e estudantes.
(Fonte: Sinduscon/DF)