Mortes de motociclistas no trânsito envolvem trabalho em 36% dos casos

Mortes de motociclistas no trânsito envolvem trabalho em 36% dos casos

Data: 20 de setembro

Os acidentes de trânsito com mortes de motociclistas em Campinas (SP) envolveram, em grande parte em 2014, os condutores que usavam o veículo a trabalho ou para se deslocar até ele. Uma pesquisa divulgada pela Empresa Municipal de Desenvolvimento (Emdec) mostra que das 39 mortes de motociclistas, 36% se enquadravam neste perfil, sendo 24% durante o expediente, como no caso dos motoboys, e 12% no trajeto de ida e volta para o emprego.

Ao todo, no ano passado, 93 acidentes de trânsito resultaram em 96 vítimas fatais na cidade, sendo 38 ocorrências com motos, que resultaram nas 39 mortes. No caso dos motociclistas, todos os condutores que morreram eram homens, e predominantemente jovens, entre 18 a 35 anos, de acordo com o estudo.

O motoboy Thiago Santos trabalha com entregas e afirma que nunca sofreu um acidente, mas diz que eles são constantes nas ruas e avenidas. “Comigo nunca aconteceu nada, eu tomo bastante cuidado, mas pelo menos um por dia a gente acha na rua, tanto em Campinas quanto em outras cidades”, conta.

Segundo o dono da empresa de motofrete, Relison Possidonio, a cada cinco meses são passadas as regras novas da legislação e orientações aos motociclistas, que fazem parte de um processo de reciclagem. Além de informação, há uma preocupação em relação ao tempo de entrega e à segurança.

“A gente trabalha com uma margem de segurança, então tem um tempo para fazer aquela entrega. E a gente passa para o cliente uma margem um pouco maior para que ele consiga fazer as entregas em um tempo bom e com segurança”, afima Possidonio.

Nas motocicletas utilizadas pelos motoboys também há equipamentos de segurança. “Linha corta pipa, mata-cachorro, que ajuda além de proteger a própria moto, principalmente a perna, quando bate e acaba caindo, e o colete refletivo, que acaba iluminando e dando uma segurança maior para a gente no trânsito. E sempre com o capacete na cabeça, e fechado”, explica Santos.

Segundo Sobrinho o ideal é o motociclista transitar com calma. “Não ter pressa. Ainda assim vai ser mais ágil do que aqueles que vão no transporte coletivo e que vão de automóvel. Vai evitar uma série de acidentes e ter uma preservação maior da integridade física dele”, afirma o especialista.

(Fonte: G1)

Por |2015-09-21T11:37:53-03:0021 de setembro de 2015|Notícias|