Data: 14 de agosto
Uma operação conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério Público do Trabalho e das polícias Federal e Rodoviária resgatou 128 trabalhadores em 16 fazendas de café localizadas no sul de Minas Gerais. Eles eram mantidos em condições análogas à escravidão e, entre o grupo, havia seis crianças e adolescentes. A ação ocorreu entre julho e agosto deste ano e foi encerrada na última quarta-feira (12), quando 60 funcionários receberam seus direitos após serem retirados de uma propriedade do município de Nova Resende.
Conforme a denúncia, a maioria dos trabalhadores foram aliciados pelos empresários no Estado da Bahia e viajaram para Minas sem registro prévio em carteira e autorização do Ministério do Trabalho. Eles estavam há cerca de três meses sem receber salários e tiveram os documentos pessoais retidos pelos patrões. Além disso, eles ficavam em instalações precárias e tinham que fazer o próprio almoço em uma cozinha improvisada.
Um deles relatou que “saía a noite e voltava a noite” do trabalho. Dentre outros problemas, o empregador não fornecia equipamentos de proteção individual, como luvas, botas e chapéus. Além disso, as quatro crianças e os dois adolescentes resgatados também trabalhavam na colheita do café.
O montenta pago diretamente aos trabalhadores resgatados foi de aproximadamente R$ 450 mil. O proprietário do local também recolheu FGTS e INSS devidos e firmou TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) se comprometendo à observar a legislação trabalhista. Somente durante o ano de 2015, 354 pessoas foram resgatas em condições análogas à escravidão em Minas.
Fonte: R7