Data: 1º de maio
As investigações contra empresas por crimes trabalhistas aumentaram 40,6%, de 2011 a 2014, segundo estatísticas do Ministério Público do Trabalho (MPT) com sede em Campinas (SP), que abrange 599 municípios paulistas. O levantamento divulgado na quarta-feira (29) indica que 9 mil inquéritos foram registrados no ano passado, enquanto 6,4 mil casos foram contabilizados durante o primeiro ano avaliado pela instituição.
O MPT informou, por meio de assessoria, que a média mensal de apurações na região subiu de 538 para 737 neste intervalo. Entre as taxas que aumentaram estão as de combate ao trabalho infantil e adolescente, que passaram de 19 para 37 por mês; as investigações contra a discriminação no serviço, que subiram de 46 para 70; e também as apurações contra trabalho escravo, que cresceram 42% no período avaliado pela procuradoria.
“O aumento de investigações é justificado pela maior presença do estado e conscientização da sociedade em torno da denúncia”, explicou a procuradora-chefe do trabalho MPT em Campinas, Catarina von Zuben.
Segundo o órgão trabalhista, 35% dos procedimentos abertos em 2011 foram relacionados à formalização de contratos, jornada de trabalho e falta de pagamento das verbas rescisórias. Riscos à segurança e problemas de higiene e conforto foram 24% dos casos, enquanto fraudes trabalhistas somaram 13% do contabilizado naquele ano.
Distribuição em Campinas
Segundo o MPT, o número de inquéritos abertos para investigar empresas de Campinas subiu 97,9%, entre 2011 e 2014, e chegou a 1.320 no ano passado. A maior parte das apurações, informou o órgão, foi relacionada à saúde e segurança (59%), trabalho escravo (3,8%), fraudes trabalhistas (25,7%), discriminação (25%) e trabalho infantil (12,7%).
Fonte: Revista Proteção