Esta mesa abordou entre outros temas, o Trabalho em Frigoríficos: Implementação da NR 36. Em sua palestra, Dra. Denise Brzozowski, membro do Conselho Fiscal da ANAMT e presidente da Associação Catarinense de Medicina do Trabalho (ACAMT), explicou as repercussões da elaboração e implantação da NR 36 (Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados), em vigor desde abril de 2013, com enfoque nos pontos positivos e negativos da Norma.
Hoje, o Brasil está consolidado como grande produtor e exportador de carne bovina, suína e de aves. Mas, as melhorias necessárias das condições de trabalho não acompanharam o volume da produção. Esse quadro culminou, então, na implantação da NR 36, que regulariza a segurança e a saúde no trabalho das empresas de abate e processamento de carnes e derivados nos frigoríficos do país, especificando os cuidados necessários com a saúde do trabalhador desses locais.
A NR estabelece, ainda, para os profissionais da área de SST, requisitos de avaliação, controle e monitoramento do trabalho neste setor de forma a garantir a permanente segurança, saúde e qualidade de vida dos trabalhadores.
A palestrante também abordou os questionamentos que devem ser feitos sobre alguns itens da NR 36 e que podem ser dirimidos pelos próprios especialistas em Medicina do Trabalho que estão nos frigoríficos.
“Temos que estudar e analisar o que preconiza a legislação, mas esses textos, entre eles, a NR 36, não podem ser implantados nas empresas sem que nós, médicos do trabalho, conheçamos o ambiente de trabalho para que tudo seja adaptado de forma que o empregado tenha condições dignas de exercer suas atividades, sem causas de riscos e adoecimento. A NR 36 também estabelece que os profissionais da área da Medicina do Trabalho têm que propor e implantar um plano de respostas e emergências sobre as especificidades do trabalho em frigorífico”, finalizou.