Data: 26 de fevereiro
28 de fevereiro marca o Dia Internacional de Combate às LER/Dort. A data foi considerada oficial mundialmente a partir de 2000, quando as lesões do trabalho foram reconhecidas como questão de saúde pública.
As Lesões por Esforço Repetitivo estão entre as principais complicações atendidas pela medicina do trabalho. No Brasil, já consta como a segunda causa de afastamento de profissionais de suas atividades. Entre os mais afetados com as lesões estão: telefonistas, passadeiras, trabalhadores de limpeza, montadores de fábricas, operadores de caixa, recepcionistas, pedreiros, auxiliares de administração, jornalistas, entre outros.
Em 2012, de acordo com registro do INSS, cerca de 40% das doenças do trabalho estão relacionadas a lesões causadas por atividades repetitivas de trabalho. Sendo 21,8% no ombro, 13,85% sinovite e tenossinovite e 6,93% dorsalgia.
“A alta prevalência de LER/Dort tem sido explicada por transformações do trabalho e das empresas cuja organização tem se caracterizado pelo estabelecimento de metas e produtividade, considerando unicamente suas necessidades de mercado, sem levar em conta os trabalhadores, seus limites físicos e psicossociais”, afirma a Dra. Flávia Souza e Silva de Almeida, médica do trabalho e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Caracterizadas por lesões em músculos, tendões e nervos, as LER são desencadeadas por movimentos repetitivos e sobrecarga do sistema musculoesquelético e provocam diversos sintomas como formigamento, dores ao efetuar movimentos, alta sensibilidade e fadiga muscular. Má postura, estresse e más condições de trabalho também estão relacionadas ao aparecimento das inflamações.
“Para o diagnóstico do distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho é necessária constatação precisa da lesão e o conhecimento das atividades desenvolvidas por aquele paciente durante a jornada de trabalho”, afirma a professora. “O tratamento é feito com acompanhamento do médico do trabalho para que retire o paciente dos fatores de exposição causadores da lesão. Também é desejável a medicação com anti-inflamatórios e participação de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, psicólogos, entre outros, para que se tenha efetividade no tratamento”, finaliza a Dra. Flávia.
Fonte: Portal Nacional de Seguros