MPT investiga contaminação de trabalhadores após acidente em MG

MPT investiga contaminação de trabalhadores após acidente em MG

Data: 11 de dezembro

O Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga as consequências de um acidente ocorrido no dia 23 de outubro, na região de Centralina, com um caminhão que transportava carbonato de níquel para a Votorantim Metais. Pelo menos 14 trabalhadores foram contratados para fazer o transbordo da carga de carbonato de níquel em pó, em um galpão na cidade de Uberlândia. Em poucas horas, os trabalhadores começaram a apresentar graves sintomas de intoxicação, sendo que oito deles precisaram de internação e um dos casos evoluiu para a morte.

O G1 entrou em contato com a Votorantim Metais, que informou por meio de nota que lamenta o acidente e que está apurando informações detalhadas sobre a ocorrência. A empresa informou ainda que esta à disposição para contribuir com as autoridades competentes. Com relação às demais empresas envolvidas na ação, a reportagem não citou o nome, pois tentou contato mas as ligações não foram atendidas.

Na época, profissionais relataram que não foram informados sobre a natureza do produto que iriam manusear e que não receberam Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados, nem treinamento para a atividade ou orientação sobre segurança para desempenho das atividades.

As empresas envolvidas foram acionadas judicialmente pelo Ministério Público do Trabalho para garantir assistência imediata aos trabalhadores enquanto a investigação segue em andamento.

Em entrevista ao G1, a procuradora do trabalho responsável pelo caso, Karol Oliveira, informou que a denúncia foi formalizada pelo Centro de Referência em Saúde de Trabalhador de Uberlândia (Cerest). “Existe um inquérito para apurar o que ocorreu e as responsabilidades das empresas envolvidas. Inicialmente foi ajuizada uma ação para medidas consideradas urgentes, como garantir custeio de tratamento aos trabalhadores envolvidos”, acrescentou.

Outra medida que deve ser adotada pelas empresas, de acordo com a ação, é que contratem um médico toxicologista e um assistente social para prestar assistência às vítimas e famílias. “Não há médico toxicologista nas Unidades de Atendimento Integrado (UAIs), nem no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) conforme informado pelo Cerest e Departamento de Vigilância Epidemiológica de Uberlândia. Dada a gravidade dos casos é imprescindível que um profissional com essa qualificação examine cada trabalhador e produza laudos que elucidem com precisão o quadro de saúde de cada vítima. Também foi requerida a contratação de Assistente Social para acompanhamento dos trabalhadores e interface com as empresas”, explicou a procuradora Karol Oliveira.

Fonte: G1

Por |2014-12-15T17:31:35-02:0015 de dezembro de 2014|Notícias|