Seminário NR 35 – Trabalho em Altura

Seminário NR 35 – Trabalho em Altura

O Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) registra que a cada 29 horas morre um trabalhador em Santa Catarina vítima de acidente de trabalho. Desses acidentes fatais, os causados por quedas de altura representaram 21% de todos os registros de acidentes de trabalho fatais nos últimos cinco anos, perdendo apenas para os acidentes de trânsito, onde estão inclusos os acidentes de trajeto.

Esse número alarmante, na sua maioria ocorreu na construção civil (edifícios, estruturas e andaimes) e foi a tônica do SEMINáRIO NR 35 – TRABALHO EM ALTURA, promovida pelo MTE onde participaram representantes do MPT, TRT, SINDUSCON, FUNDACENTRO, FIESC, ACEST, ACAMT e empresas especializadas na capacitação para trabalho por corda.

Importante ressaltar que existe uma hierarquia para o planejamento do trabalho em altura, onde primeiro deve-se considerar não submeter o trabalhador ao risco, usando por exemplo: drones e robôs para limpeza de vidros. Em seguida considerar a proteção coletiva e por último os sistemas de limitação das quedas e proteção individual.

Durante os dois dias do Seminário aconteceram diversas palestras e mesas redondas dentre elas: a NR 35 comentada, os dispositivos de segurança, as questões jurídicas, a capacitação, a análise de risco, demonstração prática dos EPIs e técnicas para o trabalho em cordas, dificuldades da avaliação médica dos trabalhadores expostos ao risco de trabalho em altura.

A ACAMT participou dessa ultima mesa redonda, coordenada pelo Dr Alfredo Jorge Cherem, onde a médica do trabalho Dra Irevan Vitória Marcelino e a psicoterapeuta Dra Dulce Pinheiro discursaram sobre o tema, falando sobre a importância de uma anamnese bem feita, do exame físico do trabalhador, exames complementares e avaliação psicossocial.

Faz se necessário a adequação das empresas à NR 35 em todos seus quesitos até janeiro/2015. Infortunamente durante o seminário fomos informados da ocorrência no dia anterior de dois acidentes de trabalho por queda em altura no estado, onde dois trabalhadores ficaram gravemente feridos e um faleceu no local.

O direito à recusa em executar o trabalho é assegurado ao trabalhador, porém a capacitação de forma continuada é necessária para que ele, inclusive, saiba fatores que limitam a execução do trabalho.

Foi um evento multidisciplinar, com uma participação maciça de todos os envolvidos com a realidade do trabalhador e que serão os agentes multiplicadores das boas práticas. Temos a esperança de ver essas taxas alarmantes caírem a partir dessa nova postura e do compromisso de todos os envolvidos.

Fonte: ACAMT

Por |2014-09-30T09:10:33-03:0030 de setembro de 2014|Notícias|