Data: 12 de agosto
Operação conjunta entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais resgatou 57 trabalhadores em situação semelhante à escravidão. Eles foram aliciados nos municípios de Anagé e Brumado (BA), com a promessa de bons salários, para trabalhar em três fazendas de café em Ibiraci (MG). No grupo havia sete menores de idade. Uma das fazendas autuadas é reincidente na prática criminosa e tem nome inscrito na lista suja do trabalho escravo, mantida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
De acordo com o coordenador da ação, o auditor Fiscal do Trabalho, Marcelo Campos, os trabalhadores foram flagrados em péssimas condições de trabalho e de vida. “Além da falta de registro nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS), os fazendeiros não disponibilizavam camas, sanitários, locais para refeições e água potável nem Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como chapéu, luvas, botina, dentre outros.”
Para agravar a situação, o local estava superlotado e não oferecia as mínimas condições de segurança. “As vítimas estavam alojadas em locais sem condições de habitação, totalmente sujos, com botijões de gás nos quartos e moradia coletiva de família, no caso das duas últimas fazendas”, ressaltou Campos.
Na força-tarefa, foram emitidos cerca de 100 autos de infração contra as propriedades rurais, que tiveram que pagar R$ 407 mil em verbas rescisórias e dano moral aos resgatados. A ação teve o apoio da Polícia Federal e ocorreu no período de 21 de julho a 1 de agosto.
Fonte: Ministério Público do Trabalho