Data: 3 de março
Na última sexta-feira (28), em reunião no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), os profissionais repudiaram o uso de colete de identificação para a cobertura de manifestações.
No protesto contra a Copa, no último sábado (22), a Polícia Militar (PM) ofereceu 200 coletes para os repórteres. A corporação pretende manter a medida em futuras manifestações.
“O jornalista não se sente tranquilo ao se identificar previamente para autoridades. Ainda mais em uma manifestação em lugar público. Isso não tem sentido. Mas se reserva o direito de utilizar o equipamento de proteção em situações específicas”, disse o presidente da entidade, José Augusto Camargo, segundo o portal da Agência Brasil.
Segundo a nota, oficialmente, a única identificação aceitável é o registro profissional (MTB). “O que não se confunde com o direito de livre expressão e de registrar individualmente os fatos, prerrogativa de todo cidadão”, ressalta o texto.
Também participaram da reunião a Associação dos Repórteres Fotográficos de São Paulo (Arfoc-SP) e o o Sindicato dos Advogados de São Paulo.
O texto com as deliberações será enviado para as autoridades. Camargo está marcando reuniões com a direção de veículos de comunicação para discutir o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras e capacetes.
No domingo (23), o coronel da PM, Celso Luiz Pinheiro disse que o uso de equipamentos de proteção, por parte dos jornalistas, dificultou a distinção deles, em relação aos black blocs. Na ocasião, 19 profissionais da imprensa foram detidos ou agredidos.
Fonte: Revista Proteção