Após morte, sindicatos pedem segurança na Arena da Amazônia

Após morte, sindicatos pedem segurança na Arena da Amazônia

Data: 10 de fevereiro

Representantes dos sindicatos da Construção Civil Leve e Pesada estiveram em frente à Arena da Amazônia, localizada na Avenida Constantino Nery, na manhã de segunda-feira (10) para reivindicar intensificação nas medidas de seguranças dos trabalhadores. Na última sexta-feira (7), um operário do estádio morreu após sofrer um acidente enquanto tentava desmontar um guindaste usado na obra.

Segundo o presidente do Sindicato da Construção Pesada, Ricardo Botelho, a segurança no local de trabalho é a principal preocupação da categoria atualmente. “Viemos aqui apenas para solicitar mais cuidado com os funcionários. Nós sabemos que a empresa não quer a morte de ninguém, mas precisamos que a segurança nas obras sejam verificadas”, disse.

Botelho afirmou que há uma ação do Sindicato no Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT-AM) cobrando fiscalizações regulares na Arena da Amazônia. “O Ministério continua fazendo as vistorias e tem acompanhado de perto o trabalho dos operários”, informou.

Ao G1, o representante da categoria informou ainda que os trabalhadores da construção civil em outras obras de Manaus. “Não se trata de uma manifestação sem embasamentos. Estamos falando das vidas de pessoas e isso vai além de qualquer investimento em segurança. Empresários da construção da cidade inteira precisam estar atentos a isso”, disse.

Além das exigências para que as empresas cumpram exigências trabalhistas, o Sindicato pede que os próprios funcionários sigam as orientações de segurança. “Sempre pedimos que os trabalhadores utilizem o equipamento de segurança. Alguns dizem que é incômodo, mas insistimos para que não haja fatalidades durante o serviço”, frisou.

O MPT informou, por meio de assessoria de imprensa, que o órgão peticionou a justiça para solicitar celeridade no julgamento da ação total, que trata da morte de outros dois operários na Arena da Amazônia. O Ministério afirmou ainda que fiscalizações no estádio têm ocorrido regularmente para verificar as condições de trabalho dos operários.

Mortes na arena

O operário português de 55 anos, falecido nesta sexta-feira (7), trabalhava pela empresa Martifer na desmontagem de um guindaste quando um acidente o levou a óbito. Ele chegou a ser internado no Hospital 28 de Agosto, na Zona Centro-Sul de Manaus, mas não resistiu aos ferimentos.

Esta é a terceira morte registrada em obras da Arena da Amazônia e a quarta em obras para a Copa na capital. O operário Raimundo Nonato Lima Costa, de 49 anos, morreu no dia 28 de março após ter caído de uma altura estimada de cinco metros ao tentar passar de uma coluna para o andaime.

Em dezembro do mesmo ano, Marcleudo de Melo Ferreira, de 22 anos veio a óbito após cair de altura de 35 metros. O homem foi encaminhado ainda com vida ao Pronto-Socorro 28 de Agosto, na Zona Centro-Sul da capital, mas não resistiu e faleceu na manhã do dia 14.

Fonte: Revista Proteção

Por |2014-02-11T00:00:00-02:0011 de fevereiro de 2014|Notícias|