Data: 17 de janeiro
O Plano Integrado de Controle e Combate à Dengue, aprovado há um mês, em uma reunião entre a Secretaria de Saúde de Maceió e o Ministério Público, ainda não tem previsão para ser executado. A categoria devolveu, na manhã da última quinta-feira (16), coletes e botas que receberam no kit de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), motivo alegado para não retornar às atividades.
Os agentes deflagraram greve em outubro do ano passado. No dia 12 de dezembro, ela foi decretada ilegal pela Justiça. A categoria retomou aos postos de trabalho, mas não saiu às ruas para fazer o trabalho externo. Na ocasião, o material de proteção foi colocado como condição para o retorno das atividades.
Após a reunião com agentes e representantes do MP, os gestores da Prefeitura de Maceió destacaram os detalhes do plano, elaborado pela SMS e afirmaram que o Município estaria viabilizando a demanda do material. Porém, quando o kit chegou, na última quarta-feira (15), foi recebido com reclamação por parte dos agentes, que recusam voltar aos trabalhos de campo.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde de Alagoas (Sindas/AL), Maurício Sarmento, os coletes não são adequados para o trabalho e as botas foram entregues sem palmilha. “Entregamos o material porque ele é inadequado para o serviço. O ideal é o que o Ministério da Saúde recomenda, com bolsos e uma outra blusa para ser usada por baixo. Não vamos nos expor ao ridículo. Vamos comunicar o fato ainda hoje ao Ministério Publico Estadual e ao Ministério do Trabalho”, informou.
O diretor de Vigilância e Saúde, Celso Tavares, disse que tudo que havia sido combinado na reunião com o Ministério Público foi cumprido pela secretaria. “Já realizamos a compra dos EPIs e os coletes foram feitos dessa forma para dar mais conforto ao agente. Sabemos que o trabalho deles é fundamental para a população e buscamos dar as condições para que isso aconteça”, afirmou o diretor, ao comunicar que haverá uma reunião com gestores da pasta ainda nesta quinta para discutir a situação.
Fonte: G1