Data: 11 de janeiro
As lesões por esforços repetitivos (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) englobam aproximadamente 30 doenças responsáveis pela alteração das estruturas osteomusculares, como tendões, articulações, músculos e nervos. Entre elas, as mais conhecidas são tenossinovite, tendinite e bursite.
De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2010, essas são as principais responsáveis por afastamentos do trabalho, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID), sendo que o grupo de transtornos das sinóvias e dos tendões registrou 30.147 casos e dorsopatias (dor nas costas) somam 158.419 casos.
De acordo com Lucas Alves Vieira Pereira, fisioterapeuta especialista em Fisioterapia do Trabalho, Ergonomia e Perícia Judicial, a ergonomia é importante para todos os trabalhadores, independente do segmento. “Conhecida comumente como estudo científico da relação entre o homem e seu ambiente de trabalho, a ergonomia tem alguns objetivos básicos, como possibilitar o conforto ao indivíduo, proporcionar a prevenção de acidentes e do aparecimento de doenças específicas a determinado tipo de trabalho. Merece atenção especial, boa parte dos problemas de postura que a maioria das pessoas adquire ao longo da vida durante o trabalho, como por exemplo, os esforços repetitivos”, explica.
O especialista destaca que a ergonomia se preocupa com as condições gerais de trabalho, tais como iluminação, ruídos e temperatura, que geralmente são conhecidos como agentes causadores de males na área de saúde física e mental, mas que o estudo procura traçar os caminhos para a correção. “O objetivo é aumentar a eficiência, por meio de dados que permitam que se tomem decisões lógicas. O custo individual é minimizado através da ergonomia que remove aspectos do trabalho que, em longo prazo, possam provocar ineficiências ou os mais variados tipos de incapacidades físicas”, esclarece Lucas Alves.
Fonte: JM Online