Projeto do IFPB mapeia riscos de acidentes de trabalho

Projeto do IFPB mapeia riscos de acidentes de trabalho

Data: 4 de julho

Ciente do papel que uma instituição de ensino pode ter para mudar realidades, um projeto no Campus Monteiro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) mapeia os riscos de acidentes de trabalho em construções no município.

O projeto de pesquisa coordenado pelo professor Cícero Marciano da Silva Santos envolve os estudantes do curso superior de Tecnologia em Construção de Edifícios: Mariane Rodrigues de Carvalho e Andressa Soares da Silva, ambas do 5º período, e Yago de Leon Wanderley, do 7º período.

A iniciativa visa mostrar os hábitos mais perigosos em obras de edificações, para estimular novas práticas. Segundo o professor, são inúmeros os problemas que poderiam ser facilmente evitados com a adoção de medidas simples e, na maioria das vezes, sem um alto custo.

“é uma área conservadora. Aqui temos poucas obras com empresas, a maioria é com pessoas físicas que, geralmente, se recusam a utilizar equipamentos de segurança. Mesmo obras de pequeno porte trazem riscos que poderiam ser evitados com um pequeno investimento em ações básicas de tecnologia”,comenta o professor Cícero.

Ele comenta que na região, é difícil ter dados sobre o número desses acidentes. “Teríamos que ver com a Delegacia Regional do Trabalho de Campina Grande. Aqui no Cariri não tem DRT, não tem Crea. Não tem fiscalização”,comentou o docente.

Segundo Cícero, essa realidade precisa mudar, já que a região, rapidamente, passou a ter mais obras de engenharia, através do polo educacional que foi criado com a expansão do Campus da UFCG em Sumé e do próprio IFPB em Monteiro, das residências do Projeto Federal “Minha Casa Minha Vida” e da Transposição do Rio São Francisco, que vai passar pelo Cariri.

A pesquisa do IFPB mapeia obras em estágios diferentes, de maior e menor porte, para mostrar que os riscos existem em todas as situações. São feitas fotos e até entrevistas com os trabalhadores, em alguns casos. Embora, as alunas revelem que é difícil eles comentarem sobre os riscos, com medo de que isso possa trazer problemas futuros.

Além dos riscos físicos, os biológicos e químicos também são identificados. A questão dos riscos não envolve só acidentes físicos, mas também doenças ocupacionais. O trabalho terá sugestão das medidas de proteção. Na avaliação de Cícero, o quadro na área vai melhorar quando os profissionais do IFPB se formarem e ocuparem os postos onde é preciso fazer o mapa de risco.

Segundo Mariane, a experiência tem sido enriquecedora. “Ir sozinha a campo, ver a realidade do que a gente aprende, me fez gostar mais da área. Quero me dedicar a isso no Trabalho de Conclusão de Curso”,comentou. A pesquisa já deve render dois artigos, um para o Connepi e outro para a Revista Principia.

Fonte: Revista Proteção

Por |2013-07-08T09:45:53-03:008 de julho de 2013|Notícias|