Trabalhadores fabricam fogos de artifício sem EPIs em AL

Trabalhadores fabricam fogos de artifício sem EPIs em AL

Data: 17 de junho

Nessa época de festas juninas, aumenta a produção de fogos de artifício no Nordeste. No interior de Alagoas, nossos repórteres encontraram fábricas clandestinas, onde os trabalhadores não têm qualquer segurança.

Parece uma casa comum, na cidade de Ibateguara (AL). Mas é uma das maiores fábricas de fogos de artifício do Estado. O material é inflamável, mas o que se vê são funcionários sem camisa e sem equipamento de proteção.

“A gente não usa porque atrapalha, né? O Exército sempre vem, estava aqui a semana passada. Eles exigem luvas, máscaras, mas atrapalha a gente, não tem como”,diz um funcionário.

“Aqui não tem perigo não. O perigo aqui é fumar. Ninguém fuma aqui”,diz outro.

O Bom Dia Brasil flagrou um homem fumando com as mãos sujas de pólvora. Outro ignora a proibição.

Em Murici, a 55 km de Maceió, a situação se repete: trabalhadores sem proteção alguma.

De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas, os operários devem usar máscaras, óculos de segurança, luvas e roupas de mangas longas.

Grande parte das fábricas não tem autorização para funcionar. Uma fica em uma casa pequena em uma fazenda no sertão de Alagoas. O dono não permitiu que nós nos aproximássemos, mas de fora é possível ver que praticamente não há ventilação.

Para fabricar fogos é preciso seguir várias determinações o uso da pólvora e a quantidade do material são controlados pelo Exército. Já o Corpo de Bombeiros é responsável por verificar a estrutura física, que pode colocar funcionários em risco.

Apesar do período de festas juninas, os bombeiros ainda não começaram a fiscalização das fábricas de explosivos.

“A fiscalização das fábricas de fogos não começou ainda, mas as vistorias nas barracas que comercializam esse produto já foram feitas”,afirma o tenente do Corpo de Bombeiros Thiago Salvador.

Os bombeiros de Alagoas informaram que ainda vão marcar uma reunião com o Exército para acertar o papel de cada um na fiscalização.

Fonte: Revista Proteção

Por |2013-06-18T09:38:18-03:0018 de junho de 2013|Notícias|