A Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) e a Sanofi Pasteur promovem a partir das 9 horas do dia 23 (sábado) o 2º Encontro Nacional de Economia e Saúde na Gestão Empresarial, quando especialistas falarão para representantes de cem empresas sobre o impacto econômico da gripe como queda de produtividade, absenteísmo, presenteísmo, as perspectivas para a temporada de gripe 2013 no Brasil, os reflexos da vacinação na saúde do trabalhador. O encontro será realizado no Hotel Grand Hyatt, na avenida Nações Unidas, 13301, Itaim Bibi, em São Paulo.
A qualidade de vida nas empresas será o tema da palestra do médico do trabalho Eduardo Ferreira Arantes, gerente de Planejamento e Desenvolvimento da Unidade de Qualidade de Vida do SESI Nacional. Em sua palestra, ele vai abordar a vacina contra a gripe. Este ano o SESI fechou um acordo com a Sanofi Pasteur para a imunizar 900 mil trabalhadores de seis indústrias e sindicatos contra a gripe.
Ao aderir à campanha do Sesi, a empresa será convidada a usar o Vaxincorp um modelo farmacoeconômico criado na França e validado pela Universidade de Lyon, que permite à empresa avaliar o custo/benefício da vacinação contra a gripe. Este modelo será apresentado no evento.
Gripe reduz produtividade e causa faltas ao trabalho
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a gripe afeta por ano 600 milhões de pessoas em todo o mundo – entre 5% a 10% da população adulta e entre 20 e 30% de crianças. Se transportadas para a realidade nacional, essas estimativas sinalizariam que a gripe afeta por ano entre 7 a 14 milhões de brasileiros em idade produtiva.
Em 2012, as pessoas entre 14 e 59 anos foram as mais atingidas pelas internações pelo vírus A/H1N1 pdm09, representando 39,5% deste segmento. Aliás, no ano passado, as hospitalizações por esse vírus aumentaram 14 vezes, passando de 181 (2011) para 2.614 (2012). Em 2013, a gripe chegou mais cedo no Hemisfério Norte, causando uma grande epidemia nos Estados Unidos, cujo vilão foi o vírus A/H3N2.
Sério problema de saúde pública mundial, a gripe pode causar problemas econômicos graves, como perda de dias de trabalho, queda da produtividade, gastos com medicamentos. Nos Estados Unidos, os custos da gripe foram estimados em U$ 11 bilhões por ano, entre custos diretos (hospitalizações, consultas ambulatoriais, medicamentos) e indiretos (absenteísmo, redução na produtividade, presenteísmo, substituições).
Estimativas na França, Alemanha e Estados Unidos indicam perdas anuais com surtos de gripe entre U$ 1 milhão a U$ 6 milhões a cada grupo de 100 mil habitantes. Nos Estados Unidos, estima-se que a gripe seja responsável pela perda de 44 milhões de dias produtivos por ano.