Prática de trabalho escravo leva à suspensão de financiamentos

Prática de trabalho escravo leva à suspensão de financiamentos

Data: 18 de janeiro

A construtora MRV, da qual grande parte dos empreendimentos é referente ao programa do governo federal “Minha Casa Minha Vida”, não receberá novos financiamentos da Caixa Econômica Federal (CEF) por ter sido flagrada por Auditores Fiscais do Trabalho ao praticar escravidão contemporânea em canteiros de obra. O anúncio foi feito após a inclusão da construtora na última atualização do cadastro de empregadores – a chamada “Lista Suja do Trabalho Escravo”. Não é a primeira vez que a empresa é incluída na lista.

Segundo informação publicada na Agência Reuters, a prioridade atual da MRV é o “Minha Casa Minha Vida”. Dos R$ 1,027 bilhão equivalentes aos contratos de vendas no terceiro trimestre do ano passado, 93% eram relacionados ao programa. A Caixa também anunciou que não irá suspender financiamentos já concedidos.

A matéria destaca operações onde o Grupo Móvel de Fiscalização flagrou a ocorrência de trabalho escravo contemporâneo nos últimos dois anos em canteiros de obras da MRV. A primeira foi em Curitiba, em 2011. No ano seguinte, a empresa reincidiu: os Auditores-Fiscais encontraram condições análogas à escravidão em Bauru (SP) e Americana (SP). Entre as irregularidades: alojamentos precários, terceirização ilícita, falta de infraestrutura higiênica – sanitária e para alimentação.

Fonte: Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT)/ Revista Proteção

Por |2013-01-18T16:46:29-02:0018 de janeiro de 2013|Notícias|