Data: 10 de agosto
A economia solidária está presente em diversos debates durante I Conferência Nacional do Emprego e Trabalho Decente (I CNETD), que começou nesta quarta-feira (8) e prossegue até sábado (11). A I CNETD reconhece a economia solidária como forma de geração de trabalho decente para combater a pobreza e as desigualdades sociais e apresenta um conjunto de proposições para a ampliação das políticas públicas necessárias ao seu fortalecimento.
A conferência está sendo, também, uma oportunidade para se discutir o conjunto de deliberações aprovadas nas duas Conferências Nacionais de Economia Solidária, realizadas em 2006 e 2010. Entre as principais propostas estão a criação de um sistema nacional de economia solidária, que inclua um sistema de finanças solidárias; a promoção de mecanismos de proteção social aos empreendedores vinculados à economia popular e solidária e aos microempreendedores individuais; a ampliação de políticas públicas que contemplam as demandas e os públicos; políticas para o assessoramento técnico e a formação aos empreendimentos solidários; e a adequação da legislação à realidade do empreendimento respeitando a carta de princípios da economia solidária.
Além do conteúdo temático, a economia solidária está presente em estandes com uma amostra de produtos e serviços. São vinte e cinco empreendimentos de diversas regiões do país que representam a diversidade de segmentos e atividades econômicas como o artesanato, a reciclagem de resíduos sólidos, a produção têxtil e vestuário, a agricultura familiar e a reforma agrária. Os expositores têm a oportunidade de mostrar os resultados concretos que a economia solidária apresenta para a promoção do trabalho decente.
A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) também realiza uma exposição sobre a trajetória de atuação nestes nove anos, apresenta as principais ações desenvolvidas e distribui publicações.
A Economia Solidária promove o trabalho decente por meio da organização de milhares de empreendimentos coletivos que realizam atividades de produção de bens e de serviços, crédito e finanças solidárias, trocas, comércio e consumo solidário por meio da cooperação econômica, solidariedade e a autogestão fortalecendo a autonomia coletiva dos trabalhadores.
Além de reconhecer a crescente importância da economia solidária o Governo Federal está implementando, desde 2003 com a criação da Senaes, vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, políticas públicas para fortalecer-la, valorizando a cooperação e a autogestão como estratégia para superação da pobreza e da desigualdade social e promovendo processos de desenvolvimento mais justos e solidários.