Acidentes de trabalho crescem, mas mortes diminuem em Piracicaba

Acidentes de trabalho crescem, mas mortes diminuem em Piracicaba

Data: 22 de julho

Dados divulgados pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Piracicaba (SP) mostram que os acidentes de trabalho aumentaram nos primeiros seis meses deste ano em relação a igual período do ano passado. Foram 4.888 casos até junho de 2012, contra 4.806 até o mesmo mês do ano anterior. Em um deles, um trabalhador teve a perna esmagada na obra da montadora sul-coreana Hyundai.

Já os óbitos causados por esses acidentes, no entanto, diminuíram: sete trabalhadores morreram até 30 de junho de 2011, uma morte a mais do que a registrada neste ano no mesmo período pelo órgão. Ainda de acordo com o Cerest, a metalurgia é o ramo onde mais ocorrem acidentes. A construção civil fica em segundo lugar. São 1.104 casos no setor metalúrgico em 2012, contra 649 registrados na construção civil.

No ano passado a metalurgia também ocupava a primeira posição, com 1.101 acidentes, no primeiro semestre do ano. Entretanto, a construção civil foi só o terceiro setor a registrar mais acidentes, com 541 casos, em 2011. A segundo posição era ocupada pelo comércio por atacado, com 586 casos.

Funcionário e empresa

“As empresas estão mais preocupadas com a questão da segurança, porém, ainda temos um longo caminho a percorrer, principalmente porque o acidente de trabalho prejudica muito tanto a empresa quanto o trabalhador”, disse o técnico em segurança do trabalho Marcos Hister. Ele afirmou ainda que o órgão tem articulado projeto com os sindicatos dos Metalúrgicos e da Construção Civil, além do Ministério do Trabalho para reduzir esses acidentes.

Diminuição nos últimos meses

Mesmo tendo registrado aumento no balanço final do semestre, os acidentes registrados caíram em Piracicaba nos últimos três meses do ano, segundo levantamento do Cerest. Abril, maio e junho apresentaram 198 casos a menos do que no mesmo trimestre de 2011: foram 2.336 em 2011 e 2.138 em 2012.

“Esta queda tem relação com o trabalho devolvido pelo Cerest junto com outros órgãos dos governos estadual, municipal e federal”, afirmou Hister. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba é um dos órgão que dá apoio e faz o acompanhamento dos trabalhadores.

“Nós temos hoje uma fiscalização permanente, sendo que três agentes nossos ficam na rua todos os dias. Assim que chega uma denúncia, as viaturas são deslocadas para os locais”, disse o presidente do sindicato Milton Costa. Para ele, o problema maior continua sendo as contratações de empresas que vem de fora da cidade”, concluiu o sindicalista.

Fonte: G1

Por |2012-07-26T10:12:49-03:0026 de julho de 2012|Notícias|