Segurança química em pauta

Segurança química em pauta

Data: 22/06/2012

A segurança química, que foi tema do evento realizado pela Fundacentro na Cúpula dos Povos, também esteve em debate em outros encontros. No dia 13 de junho, nas dependências da Fiocruz, foi realizada a 35ª; reunião ordinária da Comissão Nacional de Segurança Química, que teve a participação do pesquisador da Fundacentro Fernando Sobrinho.

“A Comissão foi criada em 2001 pelo Ministério do Meio Ambiente para acompanhar e fomentar as ações referentes à Segurança Química no Brasil, decorrentes das principais discussões nacionais e internacionais. Em razão da realização da Rio + 20, a Comissão optou por dedicar o espaço para apresentação de palestras de interesse, de acordo com a temática do evento da Conferência das Nações Unidas”, explica Sobrinho.

Na ocasião, foi apresentado o modelo Chemical Leasing, por Ana Oestreich, da Firjam.Trata-se de uma modalidade para a negociação de produtos químicos em forma deleasing, na qual, ao invés do comércio direto de substâncias, o fornecedor vende os serviços de utilização dos produtos, o que seria mais conveniente em termos de sustentabilidade. Também foi apresentado o Dossiê ABRASCO – Um Alerta sobre os Impactos dos Agrotóxicos na Saúde e realizada uma palestra sobre química verde, pelo ProfessorPeter Rudolf Seidl, da UFRJ.

Já no dia 14 de junho, o Seminário “A Sustentabilidade Associada ao Potencial Brasileiro de Produção de Químicos”, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente apresentou uma retrospectiva das ações de Segurança Química, desde a criação da Agenda 21 em 1992. O debate contou com a participação de representantes do PNUMA, do Ministério da Saúde, do Ministério do Meio Ambiente e convidados.

“Foram discutidas dificuldades de implementação de programas internacionais e lacunas ainda por serem preenchidas, como a biodiversidade, segurança no trabalho em indústrias fora do ramo químico, mas que utilizam produtos químicos, importações com dumping. Entre outros aspectos, foi mencionada a necessidade de melhoria nacoordenação na área de químicos por parte do governo com uma sinergia de ações”, explica Fernando Sobrinho, da Fundacentro.

Apontou-se, também, a necessidade de inovações tecnológicas, capacitação institucional, melhorias nos marcos legais, mudanças culturais e de hábitos de consumo e melhores mecanismos de financiamento.

Fonte: Fundacentro (Cristiane Reimberg)

Por |2012-06-25T12:05:50-03:0025 de junho de 2012|Notícias|