Piracicaba tem 21% menos acidentes em 4 anos

Piracicaba tem 21% menos acidentes em 4 anos

Data: 13/09/2011

Nos últimos quatro anos, Piracicaba registrou queda de 21% no número de acidentes de trabalho, se comparado o período de janeiro a setembro dos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011, segundo dados do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). Em 2008, a cidade registrou 8.379 casos e, no decorrer dos anos, foi diminuindo ainda mais: 6.798 acidentes em 2009 e 6.538, em 2010. “Mesmo com esta aparente queda, o número nos preocupa, já que, em 2008, Piracicaba ainda não havia sofrido as consequências da crise mundial, que resultou na queda da produção e, consequentemente, na diminuição dos índices de acidentes. Agora, com o reaquecimento da economia, principalmente na construção civil, os números voltaram a crescer”, apontou Marcos Hister, técnico em segurança do trabalho do Cerest.

Segundo Hister, na comparação deste período entre os anos de 2010 e 2011, o crescimento de casos registrados de acidentes foi de 1,2%. “A cidade está crescendo e muitas empresas e construções estão em andamento. Estamos fiscalizando para que a situação não volte a ser como era em 2008, que, ao longo dos 12 meses, registrou mais de 11 mil acidentes”, disse.

O recordista em acidentes é o setor da metalurgia básica, que, nestes nove meses de 2010, registrou 1.899 casos e, este ano, o número caiu para 1.192. De acordo com o presidente do Simespi, Tarcísio Mascarim, o trabalho de conscientização dentro das empresas está sendo feito. “Nós, dos sindicatos em geral, temos campanha para mostrar aos trabalhadores a importância de utilizarem corretamente os equipamentos e roupas que garantem sua segurança no trabalho. Além disso, temos os órgãos que fazem a fiscalização da utilização destes equipamentos e isso colabora para que o número de acidentes diminua”, afirmou Mascarim.

OUTROS NúMEROS – Em 2010, além do setor metalúrgico, primeiro lugar em número de acidentes, o setor da fabricação de produtos alimentícios e bebidas foi o segundo colocado, com 1.037 casos no ano. A construção teve 986; empresas que prestam serviços a outras empresas tiveram 763 casos e o comércio por atacado, 642 acidentes. Em 2011, aconteceu uma inversão, onde o setor de metalurgia teve queda no número, o de construção civil ficou em segundo lugar, com 760 casos em 9 meses, seguido pelo setor de fabricação de produtos alimentícios (624), empresas que prestam serviços a outras empresas (495) e comércio por atacado (448). “Precisamos mesmo reduzir este número, tendo em vista que a gravidade dos acidentes, em 2011, foram 5.262 de nível leve, 1.149 moderados, 116 graves e 11 fatais”, informou Hister.

Cerest faz audiência pública sobre condições de trabalho

O Ministério Público do Trabalho (MPT), o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Gerência Regional do Trabalho e Emprego (GRTE) e prefeitura de Piracicaba realizam hoje, às 14 horas, na Câmara Municipal, audiência pública com 180 empresas que possuem obras ativas no município, com o objetivo de discutir as condições de segurança e medicina do trabalho na construção civil.

Segundo os organizadores, o objetivo do encontro é recomendar às construtoras e empreiteiras a observância das diretrizes contidas na Norma Regulamentadora nº 18, que estabelece a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança no meio ambiente de trabalho a serem seguidas no setor da construção civil.

Fonte: Site do jornal A Tribuna

Por |2011-09-13T10:05:18-03:0013 de setembro de 2011|Notícias|