Data: 09/02/2011
O ‘boom’ da Construção Civil, desde a implantação do Programa de Aceleração do Crescimento e de incentivos como a redução do IPI para materiais de construção, o setor é um dos que vem mais crescendo e se fortalecendo em todo o país. E, depois de registrar um avanço próximo de 10% em 2010, a perspectiva é que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção cresça 9% em 2011.
Na avaliação do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Teresina (Sinduscon), Andrade Júnior, a construção civil vai crescer o dobro da expansão prevista por analistas para a economia brasileira, de 4,5%, em média. “O setor vive um momento excepcional. Se os problemas na economia mundial não afetarem o Brasil e o governo mantiver firmes os compromissos de controle da inflação, o atual ciclo positivo pode se prolongar até 2020”, afirma.
No Piauí, no ano de 2010, a Construção Civil foi responsável pela criação de 7.215 postos de empregos entre janeiro e novembro, o que representa 37% dos empregos criados no Estado.
Por conta do alto crescimento e dos novos postos de trabalho, o SINDUSCON Teresina tem incentivado a cada uma das empresas do setor a seguirem rigorosamente as segurança e a saúde do trabalho, baseadas na Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
“Além de informar sobre as normas que precisam ser cumpridas, queremos que setor seja mais seguro para cada um dos trabalhadores. Que eles possam realizar seu trabalho de forma correta, sem riscos e que continuemos neste ritmo de crescimento”, diz o presidente do SINDUSCON Teresina, Andrade Júnior.
Entre essas normas, a NR-18 estabelece diretrizes administrativas, de planejamento e de organização para implementar medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção, além de determinar a elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (Pcmat).
A maioria dos casos de acidentes de trabalho no Piauí, segundo os últimos dados da delegacia regional do Ministério do Trabalho, se concentra na construção civil. Em dez anos de auxílio aos trabalhadores o Grupo de Aconselhamento em Acidente do Trabalho – GRAAT, o Ministério registrou que 43,72% dos acidentes acontecem nas obras de construção. Em seguida estão os acidentes notificados na área de serviços (15,03%), indústria (8,24%), comércio (5,66%) e outros (27,35%). “Apesar de grande parte desses acidentes não ocorrer na indústria formal da construção civil, estes são números preocupantes e que não queremos que cresçam ainda mais. Incentivando a segurança e informando sobre melhores condições de trabalho podemos diminuir os índices e fazer da Construção Civil um setor cada vez mais seguro”, finaliza Andrade Júnior.
Fonte: Portal 45Graus