Publicado Novo Código de Ética Médica

Publicado Novo Código de Ética Médica

Médicos têm novo Código de ética

Códigos de ética

Documento dá mais autonomia ao paciente

Foi publicado nesta manhã, no Diário Oficial da União, o novo Código de ética Médica. Foram dois anos de debates com diversas entidades e especialistas, e a análise de 2.677 sugestões encaminhadas por médicos e entidades organizadas da sociedade. Segundo o vice-presidente do CFM, Roberto d’ávila, o principal objetivo do novo documento é atualizar as informações sobre os deveres dos profissionais da área.

Entre as recomendações do documento estão as de que os médicos não devem se submeter à pressão de hospitais e clínicas para atender maior número de pacientes por jornada e nem podem vender medicamentos ou ganhar comissão da indústria por produtos que recomendar. Em palestras e trabalhos científicos, os profissionais precisam deixar claro se são patrocinados. Outra mudança é a proibição de criar embriões para pesquisa e a escolha do sexo do bebê nas clínicas de reprodução assistida.

O Código aborda ainda a autonomia do paciente, destacando o direito à informação sobre a própria saúde e às decisões sobre o tratamento, sempre em parceria com o médico. “Esse Código é uma reafirmação de um discurso de compromisso da profissão médica brasileira com a sua população”, afirma o presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade. O documento também ressalta a importância dos cuidados paliativos – técnicas que visam tratar pacientes com doenças incuráveis ou em estado terminal.

HISTóRICO

A decisão de atualizar o Código de ética Médica ocorreu durante o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2007. Desde então, foram criadas as Comissões Nacional e Estaduais de Revisão do Código de ética. Em dois anos de debates, foram analisadas 2.677 sugestões ao texto, e promovidas três Conferências, tornando o processo democrático.

De acordo com o coordenador da Comissão Nacional de Revisão, Roberto Luiz d’ávila o novo Código de ética Médica é uma vitória da sociedade que, “em parceria com os médicos, construiu um agir responsável e ético!”, comemora. D’ávila explica ainda o objetivo da revisão: “a intenção foi aperfeiçoar o que já existia. E o Código ficou muito melhor, aumentando a autonomia dos pacientes, alertando os médicos para os conflitos de interesse e incorporando as responsabilidades médicas à questão das novas técnicas em saúde e suas repercussões éticas”.

Fonte : CFM

Confira a RESOLUçãO CFM Nº 1931/2009

Por |2009-09-26T03:06:42-03:0026 de setembro de 2009|Notícias|