Há 131 anos, operários disseram basta a jornadas de trabalho escravizantes.
Os ponteiros do relógio registraram muitas horas, dias, meses, anos… Mais de um século ficou para trás. O que mudou desde 1º de maio de 1886?
No chão de fábrica o burburinho rolava solto. Na hora do almoço, na ida ao banheiro. Um insuflando o outro:
O mundo sempre se dividiu entre os que mandam e os que obedecem, opressores e oprimidos. Em Chicago, Estados Unidos milhares de trabalhadores não aguentavam mais as longas jornadas de trabalho e resolveram cruzar os braços e foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho.
Foi um período de conflitos. Nas ruas policiais e trabalhadores se enfrentavam. Manifestantes morreram durante os confrontos. A revolta crescia. Foram dias marcantes na história de luta dos trabalhadores, por melhores condições de trabalho.
No dia 4 de maio, num dos muitos conflitos daquela semana, os manifestantes revidaram e atiraram uma bomba contra os policiais, provocando a morte de sete homens da corporação.
E esse foi o combustível que faltava para explodir os ânimos dos dois lados de uma sangrenta guerra urbana. O caos estava instalado. Policiais atiravam contra os manifestantes.
O saldo? Doze mortes e dezenas de feridos.
Para que as mortes não fossem esquecidas, passamos a comemorar, no dia 1º de maio, o Dia Mundial do Trabalho.
Mais de 130 anos se passaram e a luta entre patrões e empregados persiste. Por um lado, os patrões querem reduzir os custos operacionais, reduzir o número de empregados, enxugar as empresas. Todos os dias fecham mais e mais postos de trabalho. Os salários ficam cada vez mais achatados. Os trabalhadores querem reajustes salarias e melhores condições de trabalho.
E a corda historicamente não é elástica e é esticada cada vez mais. A tendência, se ninguém flexibilizar, é arrebentar. Será que nada aprendemos com o nosso passado?
Fonte: EBC