ONU: apenas 50% das mulheres estão representadas no mercado de trabalho

Hoje é o Dia Internacional da Mulher, que neste ano tem como tema “Mulheres no Mundo de Trabalho em Mudança: Planeta 50-50 até 2030”. As Nações Unidas avaliam que o mundo laboral está mudando, gerando várias implicações para as mulheres.

Enquanto os avanços tecnológicos e a globalização trazem oportunidades sem precedentes, a informalidade no setor do trabalho continua crescendo, assim como as desigualdades de salários e as crises humanitárias.

Impacto na Economia

Apenas 50% das mulheres estão representadas na força de trabalho global, comparado com 76% dos homens. Elas também ganham menos do que os homens, mesmo quando realizam o mesmo tipo de serviço.

Se as mulheres tivessem o mesmo papel dos homens no mercado de trabalho, seriam gerados, até 2025, lucros de US$ 12 trilhões na economia global.

A ONU destaca que a maioria das mulheres trabalha no setor informal; muitas são mal pagas, não tem segurança social e ainda sustentam o peso do trabalho doméstico.

Elas também são minoria nos Parlamentos do mundo, onde apenas 23% dos assentos são ocupados por mulheres.

Em relação a leis trabalhistas, apenas 67 nações têm legislações contra a discriminação de gênero no ambiente de trabalho. Já em 18 países, os maridos podem proibir, por lei, suas mulheres de trabalhar.

Machismo

Alcançar a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho até 2030 é essencial para o desenvolvimento sustentável. Neste 8 de março, a ONU faz um apelo aos líderes neste sentido.

O secretário-geral das Nações Unidas lamenta que posições de liderança ainda sejam ocupadas por homens. Segundo António Guterres, “a lacuna econômica baseada no gênero se aprofunda, graças a atitudes ultrapassadas e ao machismo”.

Guterres lembra que os direitos das mulheres são direitos humanos e empoderá-las é a única maneira de protegê-las. Em um artigo sobre o Dia Internacional da Mulher, o chefe da ONU mencionou também a violência de gênero.

Superação

António Guterres declara:

“Os direitos que as mulheres têm sobre seus corpos estão sendo questionados e enfraquecidos. Frequentemente, elas são alvo de intimidação e assédio no mundo virtual e na vida real”.

Ele lembra que nos piores casos, “extremistas e terroristas constroem suas ideologias baseadas na submissão de mulheres e meninas e as escolhem para violência sexual e baseada no gênero, casamento forçado e escravidão virtual”.

Neste Dia Internacional, Guterres pede a todos compromisso “para superar o preconceito arraigado, apoiar o engajamento e o ativismo e promover a igualdade” de direitos entre homens e mulheres.

Entre os vários eventos que as Nações Unidas promovem neste 8 de março, está um debate com a participação da atriz e embaixadora da ONU Mulheres, Anne Hathaway. Essa será a primeira aparição pública desde que foi nomeada pela agência. Na sede da ONU, em Nova York, Hathaway fala sobre os benefícios da licença-maternidade e da licença-paternidade.

(Fonte: Huffington Post)

Por |2017-03-23T15:02:45-03:008 de março de 2017|Saúde no trabalho|