Data: 18 de julho
Com 25 anos de dedicação à área e atuação diversificada, possui importantes passagens pelo funcionalismo público, como consultora, depois como gestora em SESMTs de empresas de grande porte, professora na pós-graduação e também na vida associativa junto à ANAMT e à Associação Paulista de Medicina do Trabalho.
Seu compromisso agora é com a presidência da ANAMT (Associação Nacional de Medicina do Trabalho) que assumiu recentemente e com a academia onde segue como docente na área de saúde do trabalhador no Departamento de Saúde Coletiva da Unicamp.
Na entrevista concedida ao jornalista Alexandre Gusmão, durante o Congresso da ANAMT realizado em maio, Márcia reforça sobre a importância da participação associativa para os profissionais. “A associação é importante por ser o farol científico e técnico, vamos dizer assim, dos médicos do trabalho. Mas também pela atuação política que a gente tem na defesa da saúde do trabalhador e do exercício profissional da Medicina do Trabalho”, enfatiza.
Daqui para frente quais seus planos de atuação?
Nos 13 anos em que fiz carreira corporativa tive a sorte de ter trabalhado em lugares muito bons, com muito recurso e também com pessoas que acreditavam naquilo que eu estava propondo. Acabou que muita gente me conheceu como gerente, como coordenadora, que é uma experiência que faz toda a diferença para os médicos. Durante quase três anos fui gerente de saúde e de segurança e isso foi um divisor de águas na minha formação. Costumo brincar dizendo `toma cuidado com aquilo que você deseja’. Passei a minha vida inteira defendendo a integração, aí brinco que um dia alguém me ouviu e falou `então tá querida, vai lá e faz’. Fui, assumi e preciso dizer que os resultados foram muito interessantes, porque essa visão do ser humano que o médico traz aplicada à gestão da segurança traz resultados lindos. Apesar dos bons indicadores que conseguimos construir nesses 13 anos, pedi demissão no ano passado para assumir uma carreira acadêmica com a qual já vinha trabalhando há algum tempo. Minha prioridade futura é a vida acadêmica, principalmente pela questão da formação do médico do Trabalho. Para quem está com quase 50 anos e com 25 de carreira, acho que o momento agora é de juntar tudo aquilo que consegui aprender e começar a compartilhar para formar novos médicos do Trabalho. No fundo quero fazer parte, não só pela universidade, mas também pela vida associativa, da construção dessa Medicina do Trabalho do futuro.
FOTO: Alexandre Gusmão
Entrevista ao jornalista Alexandre Gusmão
Confira a entrevista completa na edição de julho da Revista Proteção.