Data: 29 de janeiro
Entre 2012 e 2015, o número de denúncias de trabalho escravo que chegaram ao Ministério Público do Trabalho (MPT) no estado do Rio de Janeiro praticamente triplicou: passou de 45 denúncias para 123.
A quantidade de investigações abertas com relação a esse tema seguiu o mesmo ritmo de crescimento, passando de 20 para 57. Os números são alarmantes não apenas no estado do Rio de Janeiro, mas em todo o país, que, no ano passado, registrou a marca de 1.010 trabalhadores localizados em condições análogas às de escravidão.
Diante desse quadro, o MPT promoveu nesta quinta-feira (28) um debate para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, lembrado nesta quinta.
Procuradora do MPT, Guadalupe Couto afirma que atualmente é difícil identificar a autoria desse tipo de crime na área urbana.
Auditora fiscal do trabalho, Márcia Albernaz pontua as maiores dificuldades colocadas hoje para o combate ao trabalho escravo no Brasil. Ela diz que o quadro de auditores fiscais de trabalho no país é reduzido.
Mantendo tendência já verificada em 2014, no ano passado, a maioria das vítimas de trabalho escravo no Brasil foi localizada em áreas urbanas, correspondendo a 61% dos casos. Parte significativa das vítimas é composta por imigrantes, principalmente chineses.
O MPT lançou a campanha #somoslivres para estimular o debate sobre a escravidão contemporânea.
(Fonte: EBC)