Data: 7 de outubro
O Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Sergei Dillon Soares, assinaram nesta terça-feira (07) Termo de Cooperação Técnica para realização, ao longo de quatro anos, de uma série de pesquisas no campo das políticas de emprego.
A parceria prevê o desenvolvimento de pesquisas com a finalidade de municiar o Ministério com informações sobre o mercado de trabalho brasileiro a fim de melhorar a execução das políticas de intermediação de mão-de-obra, pagamento de benefícios e efetividade de programas, como também análise sobre o cenário do mercado, as relações trabalhistas e a proteção do trabalhador. “é mais um passo importante no processo de modernização do órgão”, ressaltou o ministro, lembrando que a parceria será de extrema importância para facilitar o acesso às políticas do MTE pelo trabalhador, “pois, de posse dos dados, poderemos melhorar a execução dos nossos programas, principalmente os de qualificação e intermediação”.
O secretário de Políticas Públicas de Emprego do MTE, Silvani Pereira, destacou que já em novembro a parceria lança o primeiro estudo que é a identificação das profissões mais procuradas pelo mercado com base nas informações fornecidas pelo Catálogo Brasileiro de Ocupação (CBO), produzida pelo MTE, onde estão relacionadas as profissões e suas características. “Com base nesse estudo vamos poder criar cursos de qualificação para treinar trabalhadores para aquilo que o mercado está precisando”, frisou.
Segundo o presidente do Ipea, o mercado de trabalho é a arena onde ocorre o desenvolvimento do emprego e compreendê-lo é fundamental para que o Ministério tenha sucesso nos programas que desenvolve para o trabalhador. “A partir dessa assinatura de parceria já vamos começar as pesquisas”, destacou. Também presente na assinatura da parceria, o secretário de Relações do Trabalho do MTE, Manoel Messias Melo, lembrou que a pesquisa do Ipea vai trazer uma grande novidade “que é o estudo sobre o quanto o resultado dos acordos coletivos influencia no aumento da renda do trabalhador. Até então, não tínhamos nenhuma pesquisa oficial que avaliasse isso”, afirmou Messias.
Esta cooperação para o fortalecimento da gestão de políticas de emprego representa o maior esforço de cooperação até então realizado entre as duas instituições. O projeto de pesquisa envolve duas das seis diretorias do IPEA – as Diretorias de Estudos Sociais (DISOC) e de Estudos Setoriais (DISET) – e prevê o desenvolvimento de cinco eixos de pesquisa: EIXO 1 – Cenários para o mercado de trabalho brasileiro; EIXO 2 – Perfil detalhado do beneficiário de alguns programas selecionados; EIXO 3 – Efetividade de programas selecionados; EIXO 4 – Análise comparativa do modelo brasileiro de proteção contra o desemprego; e EIXO 5 – Relações de Trabalho.
A pesquisa prevê o mapeamento da demanda dos cursos de formação inicial e continuada, o Pronatec; estudo detalhado das trajetórias laborais dos trabalhadores; avaliação de efetividade das políticas de qualificação profissional, de intermediação de mão de obra e de aprendizagem (Programa Jovem Aprendiz); indicar a sustentabilidade do modelo de proteção ao desemprego brasileiro; dimensionar, a partir de análises econométricas, algumas dimensões das desigualdades no mercado de trabalho; e identificar o papel da ação sindical para a redistribuição de renda no período recente, por meio da análise dos acordos coletivos, assim como o perfil do trabalho terceirizado no Brasil e a evolução setorial da participação do trabalho na remuneração dos fatores de produção a partir da utilização dos bancos de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Cadastro de Empregados e Desempregados (CAGED) e do sistema Mais Emprego do MTE.
Fonte: Revista Proteção