Data: 18 de agosto
Depois de fazer uma vistoria, na tarde desta segunda-feira (18), em um canteiro de obras, no bairro do Socorro, em Mogi das Cruzes, o Ministério do Trabalho disse que embargou a construção. Os problemas apontados pelo auditor fiscal estão relacionados à falta de segurança no local.
Os funcionários foram dispensados no meio do expediente. O Ministério do Trabalho esteve no local com representantes do Sindicato da Construção de Civil de Mogi das Cruzes e Região.
No momento da vistoria, 40 funcionários trabalhavam no local. A ação durou cerca de uma hora. O técnico de segurança da obra não quis gravar entrevista com o Diário TV.
Os problemas encontrados são vários, segundo o diretor do sindicato. “Os principais problemas encontrados são pontas de vergalhões expostas, pisos com profundidade acima de 3 metros, sem proteção nenhuma, pontas de prego, de ferro, falta de organização… Muitas coisas que podem contribuir com acidente, se tornando até acidente fatal, como já ocorreu no passado com essa mesma construtora. Infelizmente veio a falecer um trabalhador por falta de segurança e aqui está no mesmo molde daquela obra. Posso dizer que está até um pouco pior” , explica Anderson da Silva de Almeida.
O caso a qual ele se refere, foi em maio do ano passado, em uma obra dessa mesma construtora em Suzano. Um servente de pedreiro morreu depois de se ferir com uma lixadeira. Antônio Alves de Oliveira retirava pregos do teto de um dos apartamentos quando o acidente aconteceu. O Ministério do Trabalho vistoriou o local e encontrou irregularidades. As melhorias foram feitas dias depois da interdição e os trabalhos liberados.
Ainda segundo o sindicato, no Alto Tietê, de janeiro até agora, seis trabalhadores da construção civil morreram em acidentes nos canteiros de obras. “A obra está embargada a partir deste momento. Nós retornaremos quando a empresa regularizar essas situações de risco” , explica o auditor fiscal do Ministério do Trabalho, José Luiz Lázaro.
O auditor fiscal disse ainda que o Ministério do Trabalho não fixou um prazo para que os problemas sejam solucionados. Ele informou também que a multa vai ultrapassar R$ 200 mil porque a empresa já é reincidente.
Já a construtora responsável pela obra informou que já tomou as providências para regularizar a situação e espera voltar aos trabalhos normais nas próximas 24 horas.
Fonte: Revista Proteção