XVII Seminário Sul Brasileiro da ANAMT: trabalho em altura

XVII Seminário Sul Brasileiro da ANAMT: trabalho em altura

Trabalhar em altura requer uma série de planejamentos e cuidados. O tema foi debatido sobre os mais diferentes aspectos em um talk show com seis apresentações nesta sexta-feira, no último dia do XVII Seminário Sul Brasileiro da ANAMT. O assunto ganhou destaque também porque o trabalho em altura é outra diretriz técnica que está sendo elaborada pela associação.

A consultora Grácia Fragalá (SP), formada em serviço social, abriu a discussão. Lembrou de que o trabalho em altura envolve uma série ampla de setores, como construção civil, telecomunicações e montagens e desmontagens na indústria, entre outros.

Chamou a atenção para o que definiu como desafios ou armadilhas. Uma dos problemas é a atuação desconectada das equipes de saúde e segurança. “Ou temos uma visão sistêmica ou olhamos para uma parte isolada do sistema, com resultados apenas parciais”, afirmou. Na visão dela, tanto a gestão como as responsabilidades precisam ser compartilhadas.

Outro ponto abordado foi a visão do ponto de vista psicossocial. A Dr. Vera Lúcia Zaher disse que a preocupação começou a aparecer na legislação, o que é bom. “Por outro lado, nos traz uma problemática para pensar como lidar com essas questões. Como fazer e, depois, como encaminhar?”, refletiu.

Finalizou dizendo que os teste neuropsicológico não garantem que o trabalhador não tenha um agravo. Disse que a situação deve ser avaliada o tempo inteiro, em conjunto e sugerindo recomendações.

Outro debate foi a situação da pessoa com deficiência física no trabalho em altura. O doutor José Carlos do Carmo, auditor fiscal do trabalho, começou falando que a ANAMT tem pautado o tema. Depois, fez um histórico sobre o assunto e disse que vivemos o paradigma da inclusão da diversidade.

“Não devemos excluir uma pessoa com deficiência a priori. Precisamos definir as habilidades necessárias para o posto e, se uma pessoa achar que tem habilidade, devemos fazer o teste. O principal problema é o preconceito”, afirmou.

Por |2014-05-03T17:20:45-03:003 de maio de 2014|Notícias|