Data: 11 de março
Na Baixada Fluminense a situação é caótica. “Os trabalhadores já apelidaram a unidade de Boate KISS”, destacou Nilton França, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do RJ (Sintect) presentes na paralisação dos trabalhadores que começou nessa segunda-feira e segue nesta terça-feira (11).
A perigosa superlotação é uma das principais reclamações do movimento, segundo o dirigente, a unidade tem aproximadamente 120 metros e tem cerca de 105 trabalhadores espremidos para trabalhar.
“Essa situação é grave, qualquer acidente de trabalho pode se transformar numa grande tragédia,” afirma mostrando que o apelido dado a unidade superlotada é em alusão a tragédia que ocorreu no rio Grande do Sul em que centenas de jovens perderam suas vidas em função de um incêndio.
A unidade também se soma à dezenas de outras que reclamam do forte calor.
Segundo Pedro Alexandre, diretor do sindicato, a unidade é está um caldeirão com a sensação térmica chegando aos 500C. “Os EPI velhos, sem nenhum recurso para trabalhar, a unidade ainda sofre com o calor que é totalmente insuportável, que é agravado com a quantidade de gente literalmente empilhada no CDD,” afirma o diretor.
Além de Pedro Alexandre e Nilton França, Paulo César-PC também acompanhou a mobilização dos trabalhadores. Segundo os dirigentes, a paralisação não tem data para terminar.
Em Icaraí a situação é a mesma
Os cerca de 50 trabalhadores da Unidade de Icaraí também estão na mesma situação.
De acordo com os diretores do Sintect-RJ, que lideram a paralisação faltam condições de trabalho como climatização, falta de funcionários (contratações), sobrecarga de trabalho, além de encomendas que deveriam estar sendo enviadas ao Centro de Entrega de Encomendas, estão indo direto ao CDD que não tem capacidade para suportar mais esta sobrecarga de entregas.
Fonte: Revista Proteção