Data: 11 de julho
O Corpo de Bombeiros e o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) do Piauí visitaram os escombros da construção do shopping Rio Poty, localizado na avenida Marechal Castelo Branco, em Teresina, que desabou na madrugada de quinta-feira (11). Um operário ficou soterrado e foi hospitalizado no HUT (Hospital de Urgência de Teresina).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 70% da construção do prédio desabou na madrugada. Segundo o tenente Antônio Costa, a equipe do Corpo de Bombeiros analisou que 70% da obra foi ao chão e está interditada até que seja descartada a possibilidade de novos desabamentos. No momento do acidente havia 12 trabalhadores no local.
O operário Daniel da Silva Ramos, 26, sofreu fratura exporta no fêmur e na tíbia da perna direita. Segundo boletim médico do HUT divulgado na tarde do dia 11, o paciente se submeteu a um procedimento cirúrgico na tíbia e não corre risco de morte. Ramos deve se submeter a outra cirurgia para correção da fratura do fêmur, ainda sem data definida.
O Crea informou que está formando uma equipe de engenheiros para estudar as causas do desabamento. A obra deve ficar interditada até que laudos do Crea e dos bombeiros sejam concluídos.
O presidente do Crea-PI, Paulo Roberto Oliveira, informou que não descarta nenhuma possibilidade, como falha geológica, problemas na estrutura ou na execução da obra. “O desabamento foi em efeito dominó. Apenas o laudo nos dará condições de diagnosticar a origem do problema.”
O Sindicato dos Operários da Construção Civil, que representa mais de 20 mil trabalhadores do setor em Teresina, está orientando para que os operários da construção do shopping só voltem ao trabalho após o que sobrou da obra ser demolido.
Segundo avaliação do presidente do sindicato, Antônio Rodrigues da Silva, o desabamento deixou a obra sem condições de reparos e “corre risco de novos desabamentos”. O sindicato informou que 600 pessoas trabalham na construção do shopping Rio Poty.
O projeto abrange, além do centro de compras, um condomínio de 14 torres, área de lazer, com piscinas, campo de futebol e área verde. O terreno fica dentro de uma das áreas verdes de Teresina e passou por aterramento. Parte da construção que desabou estava prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2014.
O UOL entrou em contato com o Grupo Sá Cavalcante, responsável pela construção do shopping, mas até a publicação deste texto não obteve posicionamento da empresa. A empresa SC2 Shopping Centers Teresina Ltda, que também é responsável pela obra, divulgou uma nota lamentando o ocorrido e afirmou que está “à disposição dos familiares da vítima toda a assistência necessária”.
Fonte: Revista Proteção