Lavadeiras no PI trabalham em prédio condenado pelo Corpo de Bombeiros

Lavadeiras no PI trabalham em prédio condenado pelo Corpo de Bombeiros

Data: 20 de maio

As lavadeiras do bairro Primavera, na Zona Norte de Teresina, estão trabalhando desde março em um prédio com a estrutura condenada. Segundo Josefa de Jesus Costa, que trabalha no local há 40 anos, o Corpo de Bombeiros condenou o prédio após parte do teto cair. Ainda de acordo com ela, as 30 lavadeiras que tiram seu sustento da Lavanderia Comunitária da Primavera não saem do local por não ter outra fonte renda.

Segundo Josefa, há dois meses o teto caiu e parte da estrutura ameaça desabar a qualquer momento. A Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Sasc), responsável pela administração do local, já foi informada do problema, mas nenhuma providência foi tomada ainda.

“A secretaria nos prometeu a reforma logo após o Corpo de Bombeiros ter condenado a estrutura. Nós vivemos disso e não temos outro lugar para trabalhar. Continuamos neste prédio mesmo com o perigo para as nossas vidas porque não temos outra forma de alimentar nossas famílias”,disse.

A idosa, que trabalha no local desde a inauguração nos anos 70, aponta que além dos problemas de infraestrutura, as lavadeiras ainda sofrem com a falta de segurança.

“Trabalho nesse prédio há 40 anos e a última reforma que ele passou foi em 1986. Além das paredes caindo e das pias quebradas, por conta do buraco no teto, ainda sofremos com a ameaça do roubo das roupas. No local já houve vigias, mas agora precisamos dormir na lavanderia para garantir que as roupas não sejam levadas já que não podemos arcar com o prejuízo”,declarou.

Para a lavadeira Maria do Socorro Costa, a situação é um descaso. Ela alega que as próprias trabalhadoras precisam pagar pela manutenção dos equipamentos do local. Os banheiros estão sem a mínima condição de uso na Lavanderia Comunitária.

“Todo ano a bomba do poço que abastece a lavanderia quebra. Como nós precisamos trabalhar somos obrigadas a pagar o conserto. Desembolsamos no mínimo R$ 800. Nada funciona mais, os ventiladores, os banheiros, a fiação, o teto, as paredes e as pias, tudo apresenta muitos defeitos. Nós estamos esquecidas e abandonadas”,afirmou.

Procurada pelo G1, a assessoria da Sasc informou através de nota que o projeto da reforma do local foi autorizado e está avaliado em 115 mil reais. A secretaria disse ainda que o processo se encontra em fase interna de abertura de licitação, aguardando liberação de licença ambiental para seguir para a Procuradoria Geral do Estado e conseguinte publicação.

Ainda de acordo com a Sasc, o projeto de reforma prevê o reforço do telhado, troca de piso, reboco, pintura, colocação de varais, recuperação de banheiros, de tanques de lavar roupa e de pedras de passar roupas.

Fonte: Revista Proteção

Por |2013-05-22T09:45:40-03:0022 de maio de 2013|Notícias|