Data: 06 de dezembro
Estudos e experiências de países como Estados Unidos, Alemanha e Holanda, que estabeleceram em leis limites para exposição de trabalhadores ao benzeno, estão sendo apresentados no Seminário Nacional do Benzeno, em Brasília. O evento, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nos dias 5 e 6 de dezembro, reúne cerca de 300 representantes de empresas, do governo e dos trabalhadores para debater com especialistas estrangeiros e brasileiros a segurança e saúde de trabalhadores em setores industriais que usam o benzeno, como o químico, petroquímico e siderúrgico.
Na abertura do encontro, o gerente-executivo de Relações do Trabalho da CNI, Emerson Casali, destacou a importância de se ter uma visão técnico-científica para qualificar o diálogo entre empresários, trabalhadores e governo sobre o tema. “Precisamos buscar soluções equilibradas e isso só ocorre com conhecimento”, disse.
Para o analista da CNI Clóvis Veloso, os estudos apresentados no seminário devem contribuir para que se avancem as discussões com o governo federal na fixação de limites de segurança. “Ainda não temos esse limite de segurança no Brasil. Precisamos urgentemente definir isso”, afirmou.
Silvia Berlanga de Barros, representante da Sociedade Brasileira de Toxicologia, que também participa da realização do seminário, disse que a segurança e saúde no uso de benzeno é um tema espinhoso e, por isso, muitos preferem não debatê-lo. “No entanto, a toxicologia existe porque temos de conviver com substâncias químicas e precisamos adotar medidas para prevenir doenças”, destacou Silvia.
Entre os debatedores do painel da manhã, que discutiu experiências na fixação de limites de exposição ao benzeno no trabalho, estiveram José Roberto Teixeira, representante do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo, o professor Terry Gordon, da Universidade de Nova York, e a professora Gisela Degen, da Universidade de Dortmund, na Alemanha.
à tarde, no painel que debateu os novos modelos para o gerenciamento do risco de câncer, participaram o professor João Lauro Camargo, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Rita Schoeny, do Departamento de águas da Agência de Proteção Ambiental Americana, e o professor Terrence Monks, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
Fonte: Portal da Indústria