Filiais da construtora MRV foram incluídas na chamada “lista suja” do Ministério do Trabalho, o cadastro de empregadores que submeteram funcionários a condições análogas a de escravo, atualizado em 31 de julho. O órgão identificou essas condições em dois projetos da construtora mineira, o Residencial Parque Borghesi, em Bauru, e o Condomínio Residencial Beach Park, em Americana, ambos no interior de São Paulo. Após a divulgação, a empresa registrou nesta quarta-feira a quinta maior queda na Bolsa de Valores de São Paulo (-3,86%).
No fim de 2011, o Ministério Público do Trabalho propôs duas ações civis públicas contra a empresa, após fiscais flagrarem irregularidades, como funcionários sem salários e alojamentos fora do padrão legal em construções da MRV.
Em nota, a empresa se diz “surpreendida” pela denúncia e informa que “sanou tudo que foi identificado na ocasião”:
“A MRV repudia veementemente qualquer prática que não respeite os direitos trabalhistas”, afirmou a construtora.
Segundo o ministério, as empresas são monitoradas por dois anos. Caso não voltem a cometer o delito e paguem as multas, saem da lista.