ICOH 2012 – O encontro da medicina comportamental e a saúde ocupacional

ICOH 2012 – O encontro da medicina comportamental e a saúde ocupacional

Data: 21 de março

Palestrante: Prof. Norito Kawakami (President of the International Society of Behavioral Medicine – University of Tokyo/Japan)

Tema: Improving Psychosocial Factors at Work: Behavioral Medicine Meets Occupational Health

Presidente da Sociedade Internacional de Medicina Comportamental, o professor Kawakami iniciou a palestra citando a Carta da ISBM (http://www.isbm.info/files/charter.pdf). A partir da citação, conceituou a medicina comportamental, especialidade que aplica conhecimentos da ciência comportamental e das ciências sociais na prática clínica e na saúde pública e vice-versa.

Kawakami comentou diversos exemplos de sucesso da aplicação da medicina comportamental em questões de saúde em geral. O caso mais conhecido é o da cessação do tabagismo. Outro case de sucesso são os programas de gerenciamento de estresse, que consideram melhorias do ambiente de trabalho, treinamento de supervisores e aconselhamento individual direcionado. Em especial nos programas de gerenciamento de estresse, a participação dos trabalhadores aumenta a efetividade da intervenção.

O sucesso é confirmado por estudos sobre a efetividade das intervenções comportamentais. Metanálise conduzida com 43 estudos mostrou que a abordagem comportamental é efetiva no gerenciamento do estresse. Metanálises relacionadas à efetividade de treinamento de supervisores já encontram maior dificuldade em demonstrar resultados, principalmente pelo fato de que os treinamento não têm um padrão. No tratamento para depressão, a abordagem comportamental também se mostrou efetiva, bem como para o acompanhamento de doenças cardiovasculares, de HIV/AIDS e de câncer.

Para concluir sua palestra, o professor Kawakami mostrou vários estudos relacionados a medicina comportamental e concluiu que esta abordagem é efetiva; de baixo custo; não requer um especialista, mas apenas profissionais treinados; é aplicável em todos os níveis de prevenção, da primária à terciária; pode ser customizada para as necessidades da saúde ocupacional e é efetiva independente de gênero, idades ou classe social.

Por |2012-03-23T10:31:28-03:0023 de março de 2012|Notícias|