Data: 05/03/2012
O crescimento e o investimento nos estudos e na manipulação dos nanomateriais, além da abrangência do seu uso, tornam cada vez mais necessário o desenvolvimento de pesquisas que analisem os impactos que essas substâncias podem causar.
A nanotecnologia já está presente em diversas áreas, como a saúde, a eletrônica, as ciências da computação, a física, a química, a biologia e a engenharia. Preocupada com os potenciais riscos a que os trabalhadores que lidam diretamente com as estruturas em escala nanométrica podem estar submetidos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) compôs um grupo para desenvolver diretrizes para proteger os trabalhadores contra potenciais riscos dos nanomateriais manufaturados.
As orientações da OMS visam facilitar melhorias na saúde e segurança ocupacional dos trabalhadores potencialmente expostos a nanomateriais em uma ampla gama de ambientes de produção. Recentemente, por exemplo, uma pesquisa mostrou que um dos materiais mais famosos da era da nanotecnologia, chamado grafeno, pode ser danoso para os trabalhadores.
As diretrizes vão incorporar elementos de gestão e de avaliação de riscos e questões contextuais, buscando fornecer recomendações para melhorar a segurança e proteger a saúde dos trabalhadores que utilizam nanomateriais em todos os países e, especialmente, em países de baixa e média renda.
O pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP) Willian Waissmann foi um dos designados pela OMS para compor esse grupo. No Brasil, Willian tem a companhia da codiretora da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Arline Sydneia Abel Arcuri, no desenvolvimento do trabalho.
Fonte: Diário da Saúde