Texto do “Ato médico”, mais uma vez aprovado, ainda suscita críticas entre profissionais da saúde

Texto do “Ato médico”, mais uma vez aprovado, ainda suscita críticas entre profissionais da saúde

Data: 08/02/2012

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, no dia 08/02, o projeto de lei que define as ações exclusivas de médicos, o chamado “Ato Médico”. A proposta é polêmica e coloca em lados opostos médicos e outros profissionais da área de saúde. O texto ainda será analisado por mais duas comissões da Casa antes de seguir para sanção da presidente Dilma Rousseff.

A proposta regulamenta e especifica a profissão do médico. Define, por exemplo, que apenas médicos estão autorizados a diagnosticar doenças, a prescrever e realizar cirurgias e comandar serviços médicos. Por outro lado, exclui da lista de restrições alguns atos que podem ser feitos por outros profissionais, como a coleta de material biológico para análises laboratoriais e aplicação de injeções já prescritas pelo médico.

O texto foi motivo de muita polêmica nos últimos anos, criticado pelos demais profissionais de saúde, que temem o esvaziamento de suas funções e a formação de uma reserva de mercado. Os médicos minimizam as críticas e argumentam que só querem garantir os preceitos da profissão: o diagnóstico e o tratamento de doenças.

O relator da matéria, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), fez modificações no texto para apaziguar as críticas. Por exemplo, a retirada de trechos que davam exclusividade ao médico para realizar a emissão de diagnósticos citopatológicos – demanda dos farmacêuticos –e para fazer diagnósticos funcionais e cinésio-funcionais – demanda de fonoaudiólogos e fisioterapeutas.

Fonte: Folha de S. Paulo

Por |2012-02-16T00:00:00-02:0016 de fevereiro de 2012|Notícias|