Obras de construtora são paralisadas por morte de funcionário

Obras de construtora são paralisadas por morte de funcionário

Data: 30/09/2011

As obras sob a responsabilidade da construtora Brookfield na capital paulista foram paralisadas na manhã de 30 de setembro. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon SP) convidou os trabalhadores para um culto ecumênico em homenagem a Roberto Celis Alves, de 31 anos. O operário morreu em 29 de setembro, com a queda de uma cantoneira de ferro de 5 quilos, que caiu do 18º andar. O impacto foi entre 700 e 800 quilos, e o trabalhador morreu na hora. O operário tinha perdido a esposa recentemente, e deixou uma filha de 3 anos.

Os operários trabalhavam desde as 5 horas da manhã, em regime de tarefa (quando o funcionário recebe “por fora” para executar serviços pelos quais não está registrado em carteira) para agilizar o prazo de entrega do empreendimento.

Os funcionários reclamaram que não têm capacitação profissional adequada e orientação de técnico de segurança, e que no momento realizavam o serviço de desmonte de uma laje.

Obra não respeitava Normas Técnicas nem CCT
Em vistoria realizada no dia anterior ao acidente, o Sintracon SP detectou inúmeras irregularidades. Nem a Convenção Coletiva de Trabalho, que regula os direitos e deveres de trabalhadores e patrões, nem as normas técnicas – que definem as medidas de controle e prevenção de acidentes, segurança, e meio ambiente de trabalho – estavam sendo cumpridas.

Além da falta de segurança, as condições de higiene eram péssimas e diversos itens estavam em desacordo com a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, em especial no tocante às empreiteiras subcontratadas pela Brookfield.

Fonte: Mundo Sindical

Por |2011-09-30T15:14:55-03:0030 de setembro de 2011|Notícias|