Bancários aderem a programa de prevenção de acidentes no trabalho

Bancários aderem a programa de prevenção de acidentes no trabalho

Data: 10/08/2011

São Paulo – O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região aderiu nesta quarta-feira (10) à campanha de prevenção de acidentes do trabalho lançada este ano pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Outras entidades assinaram o termo de adesão ao protocolo: Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro, vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI), Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O objetivo do programa é reforçar as políticas públicas que visem a melhorar as condições de saúde e segurança do trabalhador.

A presidenta do Sindicato dos Bancários, Juvandia Moreira, se comprometeu a encaminhar dados de pesquisa inédita que será lançada no próximo dia 24, intitulada Impacto da Organização e do Ambiente de Trabalho Bancário na Saúde Física e Mental da Categoria. “Saúde, condições de trabalho e segurança são temas centrais para os trabalhadores, inclusive reivindicações recorrentes da mesa de negociação com os banqueiros na campanha nacional dos bancários. Por isso realizamos consultas, pesquisas e estudos periodicamente com a categoria sobre os problemas que os adoecem”, afirmou. Ela lembrou que, além de doenças associados a esforços repetitivos, o assédio moral, provocado especialmente pela fixação de metas “absurdas”, também tem causado problemas de doenças mentais.

“São dados alarmantes e preocupantes que já levamos à mesa de negociação. Se não modificarmos essa realidade, esses casos irão se configurar futuramente em acidente de trabalho”, acrescentou Juvandia. A dirigente citou ainda pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que aponta os bancos como os cinco principais entre os 10 maiores litigantes da Justiça do Trabalho.

Já o presidente do TST, João Oreste Dalazen, lamentou a falta de dados mais atualizados. Os mais recentes são de 2009, quando, segundo a Previdência Social, foram registrados 723 mil casos. “Essa situação certamente prejudica a implementação de política eficaz que representa a realidade dos trabalhadores brasileiros”, disse. “Certamente a dimensão desses problemas é muito mais grave e preocupante. Trata-se de um verdadeiro flagelo social.”

Fonte: Portal Rede Brasil Atual, com informações do Sindicato dos Bancários e do TST

Por |2011-08-11T17:54:09-03:0011 de agosto de 2011|Notícias|