Objetivo do Dia Nacional de Paralisação foi atingido

Objetivo do Dia Nacional de Paralisação foi atingido

Data: 08/04/2011

Associações médicas, conselhos de medicina, sindicatos médicos e associações de especialidade de todo o Brasil se mobilizaram ontem em defesa da saúde suplementar. Na data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, os profissionais paralisaram o atendimento aos pacientes vinculados a planos de saúde e realizaram reuniões, assembleias, passeatas e coletivas de imprensa em todo o país, para alertar a sociedade sobre os problemas que os médicos vêm enfrentando na saúde privada.

As principais reivindicações são o reajuste dos honorários médicos, tendo como balizador os valores da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos 2010 (CBHPM); a regularização dos contratos conforme a Resolução 71/2004, da Agência Nacional de Saúde Suplementar; a aprovação de projeto de lei que contemple a relação entre médicos e planos de saúde e a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos usuários de planos de saúde, bem como o fim da interferência das operadoras no trabalho médico.

“Os médicos da saúde suplementar não aguentam mais trabalhar com contratos irregulares, sem cláusula de reajuste periódico como determina a ANS, e com tanta interferência dos planos de saúde. Estamos em constante mobilização para recuperarmos nossa dignidade profissional”, afirmou Florisval Meinão, representante da diretoria da Associação Médica Brasileira (AMB).

Segundo o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, a adesão dos médicos credenciados a operadoras de planos de saúde ao movimento foi de cerca de 80%. “é um movimento da sociedade como um todo, uma vez que se trata de um problema social de grande relevância”, resumiu.

O coordenador da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu), Aloísio Tibiriçá Miranda, acredita que a paralisação atingiu seu objetivo. “O alerta foi dado às operadoras de planos de saúde e à sociedade com relação aos problemas percebidos pela categoria médica. De agora em diante, esperamos que seja feita uma negociação real pelas empresas para acabar com a defasagem dos honorários e a interferência na autonomia dos profissionais”.

Próximos passos
Em 30 dias os líderes do movimento de 7 de abril se reunirão para reavaliar o andamento das negociações com os representantes dos planos de saúde. Este trabalho será conduzido pelas entidades médicas em nível regional. Paralelamente, algumas outras iniciativas acontecerão na esfera política. Já está prevista a realização de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o tema e encontrar uma solução. Contudo, os parlamentares responsáveis pela solicitação não descartam o pedido de abertura de CPI para apurar supostas irregularidades na saúde suplementar.

*Com informações dos portais do CFM, Fenam e AMB

Por |2011-04-08T12:09:05-03:008 de abril de 2011|Notícias|