Uso de metodologia científica melhorou resultados da aplicação da NR-17

Uso de metodologia científica melhorou resultados da aplicação da NR-17

Data: 26/03/2011

Um projeto criado por auditores fiscais do Trabalho gaúchos faz sucesso na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do RS. Trata-se do Projeto de Ergonomia, desenvolvido pelo colega Cláudio Peres, que lidera a iniciativa, e mais dez auditores fiscais que, voluntariamente, estão aplicando a sua experiência e conhecimento técnico-científico para assegurar metodologia em ergonomia, item regrado pela NR nº 17 e seus anexos 1 e 2.

Peres explica que a ideia de criar e aplicar metodologia científica confiável no dia a dia dos profissionais da SRTE surgiu da constatação de que havia grave deficiência metodológica em pareceres e laudos enviados para os auditores fiscais. “Percebemos que os erros eram os mesmos em laudos assinados por médicos, engenheiros, designs, o que só poderia significar que grave equívoco de formação estaria por trás destes laudos”, diz o coordenador do grupo voluntário.

Esse laudos vinham com erros de amostragem (que não representava a população real), de inferência (a partir de amostra falsa), de codificação (uso de escalas que não se adequam às medições em uso) e até mesmo com o uso de escalas para fazer avaliação sensorial de alimento de forma linear, quando a avaliação era para carga mental e fatores psicossociais.

O uso de metodologia científica, de acordo com Peres, mudou totalmente a aplicação da norma. O trabalho, que está em seu segundo ano, melhorou os resultados, tornando as inspeções muito mais técnicas e científicas, já que é usado no cotidiano da ação fiscal. “Essa abordagem não é usual no país. Estamos buscando superar uma fronteira que é o mascaramento dos riscos ergonômicos. Se não identificamos os riscos a que estão submetidos os trabalhadores, por erros de avaliação embasado em laudos e observações errôneas, eles ficam vulneráveis a acidentes, desencadeando doenças no local de trabalho”, assegura.

De acordo com ele, o grupo voluntário já está colhendo os frutos do trabalho. “Temos análises ergonômicas positivas de 2010, primeiro ano de desenvolvimento e aplicação do projeto, em relação a 2009”, finaliza.

Fonte: Agitra

Por |2011-03-29T15:55:30-03:0029 de março de 2011|Notícias|